Presidente do PV relata dificuldade em diálogo com PT sobre 2024

Cristiano Cunha diz que caminhos da federação, que inclui o PCdoB, serão definidos por maioria de votos entre os membros

Postado em: 18-08-2023 às 08h45
Por: Francisco Costa
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PT tem deixado claro que terá candidatura própria em Goiânia | Foto: Reprodução

Presidente estadual do PV em Goiás, Cristiano Cunha se queixa da falta de espaço e diálogo junto ao PT, partido que faz parte da federação que também inclui o PCdoB. “O PT quer tudo e não estamos mais na disputa por espaços”, desabafa.

De fato, o PT tem deixado claro que terá candidatura própria em Goiânia. O nome mais cotado é o da deputada federal, Delegada Adriana Accorsi (PT), mas o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e suplente na Câmara federal, Edward Madureira (PT), também está à disposição, assim como do deputado estadual Mauro Rubem (PT).

Segundo Cunha, contudo, os caminhos da federação são definidos pela maioria e todos os votos têm o mesmo peso. Então, a ideia é conversar com o PCdoB, uma vez que, com o PT, o diálogo está difícil. 

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“Como o PV está na federação, a maioria dentre os três partidos resolve para onde vai. Tenho tentado ficar mais próximo do PCdoB, porque se nós dois caminharmos juntos, decidiremos o caminho da federação, já que cada um tem um voto”, argumenta. Cunha, inclusive, já colocou o nome à disposição para a prefeitura de Goiânia, em 2024. As discussões, contudo, ainda irão ocorrer sobre o paço municipal.

Em relação a chapa de vereadores, que é única para a federação, Cristiano diz que o número de vagas por partido ainda não está definido. Ele revela, porém, que o PV não abrirá mão do espaço a que tem direito. “Já deixei claro para o PT e para o PCdoB que o PV não irá respeitar qualquer critério quanto a análise de candidatos como número de votos. As vagas que o PV tiver direito nós iremos preencher, inclusive com mandatários que queiram vir para o partido”, esclarece. 

Sobre isso, ele diz que a legenda conversa com alguns vereadores e suplentes que tiveram mais de 3 mil votos em 2020. Apesar de não revelar nomes, hoje a Câmara possui três vereadores sem partidos que tiveram mais de 3 mil eleitores em 2020. São eles: Geverson Abel (3.060), Ronilson Reis (3.184) e Leandro Sena (3.191). Obviamente, os diálogos também incluem legisladores que estão em outras legendas e que podem realizar a mudança durante a janela, no ano que vem. 

A ideia, revela o presidente estadual do PV, é fortalecer o partido e garantir que a federação consiga eleger de quatro a cinco parlamentares para a Câmara Municipal da capital. “Acredito que teremos uma chapa pesada, com ótimos nomes e votação expressiva”, diz otimista.

Vale lembrar, em 2020 – antes da federação –, PCdoB e PV não elegeram vereadores em Goiânia. Pelo PT, apenas Mauro Rubem garantiu cadeira. Hoje deputado estadual, ele foi sucedido pela suplente, a vereadora e presidente estadual do partido, Kátia Maria. 

Ainda sobre a federação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou em maio de 2022 o pedido de criação da mesma, um mês após o pedido. Esta junção de dois ou mais partidos, que não é uma fusão, funciona como se eles fossem uma só sigla por, pelo menos, quatro anos. A aliança entre os três partidos de esquerda foi chamada de Brasil da Esperança. PT, PCdoB e PV, com a junção, dividem fundo partidário, tempo de TV e rádio e unificam o conteúdo.

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