Moraes proíbe visitas do pai de Mauro Cid ao filho na prisão
Objetivo é impedir a troca de informação entre os investigados
Por: Francisco Costa
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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes vedou as visitas do general Mauro Lourena Cid ao filho, o tenente-coronel Mauro Cid, na prisão. A informação foi confirmada pelo STF ao Correio Braziliense, no domingo (21).
Os dois são investigados pela venda irregular de joias sauditas que foram presentes de delegações estrangeiras ao ex-presidente Bolsonaro (PL). Na decisão, Moraes visa impedir a troca de informação entre eles.
Cid está preso há três meses no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ele é investigado no caso das joias sauditas, bem como por falsificação dos cartões de vacinação de Bolsonaro e por um plano golpista para anular o resultado das eleições do ano passado.
Já o pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro virou alvo da PF em 11 de agosto depois de aparecer em reflexo de foto de uma das esculturas que foram dadas de presente ao ex-presidente. A Polícia Federal afirma que ele tirou a fotografia da caixa com o item que foi recebido de forma oficial para enviar a uma joalheria. O intuito era saber quanto valia a peça.
Mensagem do celular de Mauro Cid
A Polícia Federal disse ao programa Fantástico, da Globo, que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia que o então ajudante de ordens, Mauro Cid, tentava vender os presentes que foram entregues pelas delegações estrangeiras.
Segundo a PF, mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel provam que Bolsonaro tinha conhecimento do esquema. O aparelho foi apreendido em maio deste ano, durante operação da Polícia Federal. A perícia dos celulares ainda ocorre.