Bolsonaro disparou várias informações enquanto era presidente

Jair Bolsonaro (PL) já se envolvia pessoalmente na criação e repasse de informações quando era presidente da República. Além de produzir o conteúdo, o enviava pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp. 

Atualmente, o ex-presidente está sob investigação por ordenar o repasse de fake news. Inclusive, a Polícia Federal (PF) o classificou como “difusor de mensagens com conteúdo de notícias não lastreadas ou conhecidamente falsas”.

Em março de 2019, Bolsonaro enfrentou o auge da primeira crise na Presidência da República. Na época, ele enviou um áudio ao primo de seus filhos mais velhos, chamado Léo índio. No áudio, pede correções em um meme que publicaria em suas redes sociais.  

Na gravação, Bolsonaro elogia o primeiro card produzido pelo sobrinho e o mandava disparar o material nas redes dele. Isso porque o então presidente já tinha mandado para “mais de cem grupos”. Isso revela que, à época, já tinha o hábito de disparar mensagens.  

Em outro áudio, Bolsonaro criticou o tamanho das letras de uma legenda usada em uma fotografia dele. Conforme ele afirma, a grafia estava “pequena demais” e o eleitor teria dificuldade de ler o que estava escrito. Por fim, o meme vetado não foi publicado nas redes.  

Naquele tempo, Bolsonaro também mantinha ativo o envio de mensagens a deputados, com quem participava de grupos no WhatsApp. Aparentemente, o fluxo de mensagens era grande. Durante a campanha presidencial de 2018, Bolsonaro até chegou a gravar um vídeo sobre o volume de mensagens recebidas em seu aparelho.