‘Plano A’ do UB e MDB é caminharem juntos na briga por prefeituras

Ainda não há definição, mas MDB pode ser vice, como União Brasil, na maioria dos municípios em dobradinhas que lembram à que elegeu Daniel Vilela vice-governador ano passado

Postado em: 02-09-2023 às 07h40
Por: Yago Sales
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‘Plano A’ do UB e MDB é caminharem juntos na briga por prefeituras | Foto: Reprodução

Sexta-feira, dia 20 de agosto de 2021. Naquela tarde, o governador Ronaldo Caiado adentrou a sede do Diretório MDB estadual do MDB, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Antes de entrar na sala de reuniões com figurões emedebistas, Caiado fixou imagens da trajetória de Iris Rezende Machado. 

Com palavras harmoniosas, tanto o emedebista quanto o democrata, pareciam confortáveis com a aliança. Enquanto Daniel chamou, ainda naquela tarde, a visita de “gesto histórico”, Caiado disse que “na política, eu busco a boa escola”. Dali em diante, Daniel Vilela era definitivamente o vice de Caiado na eleição em que saíram vencedores em outubro do ano passado. 

A dobradinha, apoiada inclusive por Iris Rezende, que morreu menos de três meses depois, tem gerado frutos em negociações de eleições municipais de 2024 com sugestões de alianças entre MDB e União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado. 

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Recentemente, o presidente do MDB, Daniel Vilela, disse ao Diário de Goiás que não defende aliança para próximas eleições entre as duas siglas: “Já é uma parceria consolidada do Iris com o Caiado”.

Outra demonstração de força foi feita na Convenção Estadual do União Brasil, que ocorreu em abril último, quando Daniel Vilela destacou que já ocorreram “reuniões da nossa executiva já demos a determinação no primeiro encontro que em todos os 246 municípios ou o MDB vai estar de vice do União Brasil, ou UB tem que estar com o MDB”. 

O vice-governador afirmou que a decisão trata-se de uma maturidade. “Nós vamos dar um exemplo para o Brasil de unidade e maturidade política. De todos com a responsabilidade com o nosso estado, para podermos eleger os melhores em cada um dos municípios. E que através do nosso governador Ronaldo Caiado possamos estabelecer as parcerias. Nossa satisfação dessa aliança – foi construída em 2022, juntamente com o PP, PSD e com tantos outros partidos, e que talvez seja a maior aliança partidária que uma eleição em Goiás já possa ter observado e que fez com que tivéssemos uma vitória pelo estado”, disse Daniel Vilela.

Em Goiânia, por exemplo, e, claro, por enquanto, há a chance de o cabeça de chapa à disputa ao Paço ser o deputado e presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB). O vice deve ser do MDB. Bruno é o nome mais impulsionado caso a consulta de Gustavo Mendanha (MDB) não dê certo para que ele consiga disputar o Paço com alguém, claro, do União Brasil, na vice. 

Com a ida do ex-prefeito Jânio Darrot ao MDB em Trindade, e com o irmão dele, João Carlos Freire, à presidência municipal da sigla, é palpável a dobradinha do partido com o União Brasil, que vai apostar na reeleição de Marden Júnior – ele deixou o Patriota e se filiou à legenda do governador. Vale lembrar que Marden é afilhado político de Darrot. 

“Vamos juntos trabalhar para fazer de Trindade uma cidade cada dia mais desenvolvida, que dá conforto aos seus moradores. E também para que Goiás seja um estado pujante, que avance dia após dia”, comentou Marden, confirmando os prognósticos da dobradinha, dizem aliados, infalível, consolidando a influência de Caiado e, por conseguinte, Daniel Vilela. 

Não surpreenderia se, em Aparecida, o vice na chapa de reeleição de Vilmar Mariano, seja alguém do União Brasil. Ou bem perto da base do governador Ronaldo Caiado que conta com legendas que buscam expressividade junto às decisões de disputas municipais como PP, PSD e Republicanos.

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