19 movimentos negros se unem para pressionar Lula por indicação de ministra negra ao STF

Chamada "Ministra Negra no STF", a campanha direciona o pedido aos e-mails do Serviço de Informações ao Cidadão e da Secretaria Geral da Presidência

Postado em: 04-09-2023 às 10h10
Por: Ícaro Gonçalves
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Chamada "Ministra Negra no STF", a campanha direciona o pedido aos e-mails do Serviço de Informações ao Cidadão e da Secretaria Geral da Presidência | Foto: Reprodução

Uma mobilização formada por 19 movimentos negros brasileiros lançou na quinta-feira (31/8) uma campanha com objetivo de pressionar o governo federal a indicar uma mulher negra ao cargo de ministra do STF.

Chamada “Ministra Negra no STF”, a campanha direciona o pedido aos e-mails do Serviço de Informações ao Cidadão e da Secretaria Geral da Presidência. Nas primeiras horas de campanha, mais de 11 mil mensagens foram disparadas.

O ato ainda chama atenção para o fato de que, em 132 anos de história, o Supremo Tribunal Federal só contou com três ministros negros e três ministras mulheres, nunca tendo sido ocupado por uma mulher negra.

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As movimentações em torno da indicação de uma ministra negra começaram antes mesmo da nomeação de Cristiano Zanin – advogado pessoal de Lula e indicado pelo presidente no início de julho deste ano.

Os recentes posicionamentos conservadores de Zanin serviram para aquecer o debate que, agora, se aproxima do desfecho. Isso porque a ministra Rosa Weber, uma das duas mulheres que atualmente ocupam o cargo de ministra, está prevista para outubro.

Além da pressão direta por e-mail, a coalizão em torno da campanha Ministra Negra no STF pretende entregar as assinaturas em mãos ao presidente, antes da tomada de decisão.

Leia também: Em quatro ocasiões, indicado de Lula ao STF votou com os conservadores

Quem assina a campanha

Coalizão Negra por Direitos; NOSSAS; Instituto de Defesa da População Negra; Mulheres Negras Decidem; Peregum – Instituto de Referência Negra; Observatório da Branquitude; Utopia Negra Amapaense; Coalizão Nacional de Mulheres; Girl Up; Movimento da Advocacia Trabalhista Independente; Lamparina; Instituto Marielle Franco; Mulheres Negras Evangélicas; A OAB Tá On; deFEMde; Juristas Negras; Instituto da Advocacia Negra; Perifa Conection e Geledés.

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