Lula celebra o 7 de setembro em contraponto aos últimos 4 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja Lula da Silva desfilaram em um carro aberto neste 7 de setembro. Trata-se do primeiro desfile da Independência do terceiro mandato de Lula. O evento teve início às 9h e se estendeu até às 11h da manhã.

Na noite de véspera (6), Lula fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. “Não será dia de ódio nem de medo, e sim de união”, afirmou sobre o feriado da Independência. O presidente pretendeu fazer um contraponto às celebrações de 7 de setembro de seu antecessor.

Durante o discurso, Lula destacou temas importantes dos primeiros oito meses de seu mandato. Por exemplo, a aprovação da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, o novo Marco Fiscal e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Nos últimos quatro anos, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), a data foi politizada. Por isso, Lula pretendeu retomar o caráter cívico e nacional da cerimônia. Ao contrário do ex-presidente, o atual não marcou as festas de 7 de setembro com discursos cobertos de retórica política e ideológica. E nem proferiu críticas e a ataques a outras instituições ou organizações.

Com o tema “Democracia, soberania e união”, o evento de 2023 contou com o desfile militar e uma apresentação aérea da Esquadrilha da Fumaça. Além disso, novas propostas para este ano foram apresentadas. Ao todo, a cerimônia da Independência teve um público estimado de 30 mil pessoas.

Quem esteve presente

Na manhã de hoje, Lula assistiu o desfile cívico-militar na tribuna de honra. Ao todo, cerca de 200 convidados estiveram presentes no evento. Em meio a uma reforma ministerial, o presidente contou com o apoio de grande parte do seu primeiro escalão.

No cortejo militar de 7 de setembro, os chefes dos Três poderes estiveram presentes, assim como outros membros do governo federal e representantes das Forças Armadas. Lula estava ao lado de Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Perto deles, também estava Márcio França, o ministro que perdeu a pasta de Portos e Aeroportos. O político ganhou o recém-criado Ministério de Micro e Pequenas Empresas. Além disso, Alexandre Padilha, o ministro das Relações Institucionais, também marcou presença.

Antes da cerimônia, o político agradeceu o trabalho da agora ex-ministra do Esporte Ana Moser. Apesar do elogio de Padilha, Moser foi vista em avião saindo de Brasília em direção a São Paulo, nesta quinta de manhã. De acordo com Padilha, a ex-ministra vai continuar colaborando com o esporte.

Para mais, participaram do evento os ministros Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Ademais, estavam Juscelino Filho (Comunicações), José Múcio (Defesa), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar).

Também estavam presentes na cerimônia Geraldo Alckmin (vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), José Múcio (Defesa), Anielle Franco (Igualdade Racial), Margareth Menezes (Cultura), Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho) e Renan Filho (Transportes).

Quem se ausentou

Dois dos principais ministros de Lula, Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Fernando Haddad (Fazenda) não compareceram ao desfile, mas se manifestaram pelas redes sociais. Além disso, o presidente da Cãmara, Arthur Lira (PP-AL), viajou para seu reduto eleitoral de Alagoas ainda na quarta-feira (6). Logo, também não esteve presente no desfile de 7 de setembro em Brasília. Contudo, deve retornar à capital federal no início da próxima semana.