O que esperar da relação afinada de Goiás com a China?

Presidente da Acieg, Rubens Fileti, falou sobre os aprendizados absorvidos pela equipe goiana que viajou à China recentemente

Postado em: 08-09-2023 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Presidente da Acieg, Rubens Fileti, falou sobre os aprendizados absorvidos pela equipe goiana que viajou à China recentemente | Foto: Daniel Eloy

Conforme mostrado pela reportagem do jornal O HOJE na última quarta-feira, 6, o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, visitou a sede do jornal O HOJE para um bate-papo com jornalistas na manhã do último dia 5. Diversos assuntos relacionados à entidade, bem como as recentes movimentações da política nacional e regional foram explorados na entrevista. Dentre eles, a reforma tributária, assunto explorado em matéria divulgada na edição de quarta, e além, é claro, da viagem realizada por diversos empresários goianos e autoridades do governo à China. 

Questionado sobre os resultado trazidos pela comitiva, Fileti considerou, antes, que se sentiu impressionado ao visitar uma cidade como Xioguan, que é considerada a cidade mais inteligente do mundo, e se deparar, por exemplo, com a entrega de três prédios de 10 andares por dia. “Existe todo um processo de cidade inteligente integrado com tudo. É ai que você se questiona: ‘onde é que estamos errado?’.Daí tiramos uma das maiores lições que trouxemos:  a integração de público e privado”. 

Segundo o dirigente, essa parceria, além de consistente, funciona rumo a um único propósito. “A gente poderia fazer isso. Mas é possível? É possível, desde que haja parceria, investimento, atração de fundos como vimos lá fora. Atrair empresas montadoras igual nós vimos lá fora. (…) O que pode ser planejado pra cá é fazer com que o público e o privado caminhem juntos em políticas públicas para integrar e entregar aquilo que a população precisa. Infraestrutura, que é muito importante. Nós vimos que realmente eles são espetaculares. Nós estamos falando de integração de modais. Nós estamos falando de ferrovias, estradas, aeroportos, infraestrutura elétrica e muito mais”. 

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Questionado qual seria, então, o primeiro passo a ser dado. Fileti disparou: “Por fim à burocratização. Lá não se tem a burocracia que nós temos aqui no Brasil. Se nós decidimos implantar uma indústria no Brasil, por exemplo, isso leva tempo, requer diversas licenças, autorização de diversos órgãos, enfim, um órgão não é integrado com o outro. Primeiro nós temos que arrumar a casa. Temos que deixar esse processo mais leve para o custo Brasil diminuir. Isso faria com que o empresário sofresse menos com a implantação”. 

Em um outro trecho ele repercutiu a recente instalação do Dianot, o novo distrito agroindustrial de Aparecida. “Ali tínhamos uma demanda reprimida de muitos anos. A gente via um monte de empresas crescendo e não tinha para onde crescer porque você não tinha mais área dentro de Aparecida. Em paralelo, tínhamos várias empresas querendo vir para Goiás ou se estabelecer aqui na região metropolitana, principalmente da logística”. 

E continuou: “O espaço atende uma demanda muito forte do setor produtivo, demanda que foi abraçado pelo Estado, pelo município, para que a gente pudesse ter muitos outros investimentos”. Depois, cogitou, ainda, a possibilidade de instalações chinesas em Aparecida. Algo que pode, segundo ele, ser oficializado a partir da segunda etapa da viagem que a comitiva goiana fará à China em novembro deste ano. 

“Estaremos presentes neste importante momento de prospecção. Tem muita coisa bacana pra gente concretizar até novembro. É um plano de ação que o governo fez e que a gente está apoiando naquilo que compete ao setor privado apoiar. Teremos grandes oportunidades”, disse o dirigente que estimou a vinda de uma montadora de máquinas pesadas de origem chinesa ao município.

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