“Não há o que delatar”, diz assessor de Bolsonaro sobre delação premiada de Cid

A frase, escrita fora de contexto, pode ser interpretada como uma referência às movimentações de Mauro Cid, que manifestou vontade de fazer delação premiada.

Postado em: 08-09-2023 às 14h56
Por: Luan Monteiro
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A frase, escrita fora de contexto, pode ser interpretada como uma referência às movimentações de Mauro Cid, que manifestou vontade de fazer delação premiada. | Foto: Agência Brasil

O ex-secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, publicou a frase “não há o que delatar”, em seu perfil oficial no X, antigo Twitter. A frase, escrita fora de contexto, pode ser interpretada como uma referência às movimentações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que manifestou vontade de fazer delação premiada.

“A quem possa interessar em pleno feriado de 7 de setembro completamente esvaziado: não há o que DELATAR”, escreveu Wajngarten.

Na última quarta-feira (6/9), Mauro Cid foi ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, onde manifestou a proposta. A defesa do ex-ajudante de ordens também pediu a liberdade provisória dele.

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O acordo de delação premiada já foi aceito pela Polícia Federal (PF), mas ainda precisa ser homologado pelo ministro. A decisão pode ocorrer nos próximos dias. A proposta também deverá ser analisada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Wajngarten chegou a participar da defesa de Mauro Cid, mas saiu quando o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

À época, Wajngarten protestou contra o fato de Cid estar preso desde maio e disse que o detiveram e “jogaram a chave fora” da prisão.

“Hoje completa 70 dias que ele está preso, sem nenhuma razão que fundamente sua prisão preventiva, providência extrema e que teve o parecer expressamente contrário da PGR —que, ademais, opinou pela revogação da prisão”, disse.

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