Primeiros réus de atos golpistas de 8/1 serão julgados

Mãe de um dos réus organizou um abaixo-assinado, pedindo pela liberdade de filho golpista

Postado em: 11-09-2023 às 15h29
Por: Larissa Oliveira
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Invasão golpista do dia 8 de janeiro de 2023 - Foto: Divulgação/Agência Brasil

Os primeiros julgamentos dos réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 começam a partir desta semana. O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou as audiências para quarta-feira, dia 13 de setembro.

No começo deste ano, apoiadores Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes. O ato teve o intuito de invalidar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque estavam insatisfeitos com a derrota do ex-presidente.

A princípio, os primeiros julgamentos serão de Aécio Lúcio Costa Pereira, de 51 anos, Thiago de Assis Mathar, de 43 anos, Mateus Lima de Carvalho Lázaro e Moacir José dos Santos. Somente este último responde em liberdade no momento.

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Sobre os réus

Em primeiro lugar, o réu Aécio Lúcio gravou um vídeo durante a invasão golpista. Por isso, ele ficou bastante conhecido. Na gravação, o réu aparece vestindo um camiseta com os dizeres “intervenção militar federal”.

Na época, Aécio trabalhava na Sabesp, empresa de saneamento básico de São Paulo. “Amigos da Sabesp, quem não acreditou, estamos aqui. Olha onde eu estou: na mesa do presidente. Vai dar certo, não desistam. Saiam às ruas”, afirmou no vídeo.

Por meio da internet, a mãe de Thiago de Assis organizou um abaixo-assinado em favor do golpista. “Liberdade para o patriota preso injustamente”, clama a mãe do réu. Thiago é natural de Votuporanga, em São Paulo.

Já o réu Matheus Lima é do Paraná. Após o ato golpista, foi preso portando um canivete. “Tem que quebrar tudo para o Exército entrar”, disse em uma mensagem de celular que enviou para a esposa na época.

Por fim, o réu Moacir José dos Santos é acusado de depredar o Palácio do Planalto. Trata-se do local onde se localiza o Gabinete da Presidência, onde o Chefe de Estado e de Governo cumpre seus deveres.

Os 4 réus respondem por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio e considerando prejuízo para vítima e deterioração patrimônio tombado.

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