Acordo de delação premiada de Mauro Cid é desconhecido pela defesa de Bolsonaro

De acordo com Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro (PL), a equipe de defesa não têm conhecimento sobre o acordo de delação premiada de Mauro Cid. Além disso, não planejam acionar o Ministério Público com o intuito de tentar anular o acordo. Conforme o advogado de Bolsonaro afirmou, o próprio ex-presidente e seu entorno também desconhecem de quaisquer informações sobre a delação.

“A gente está totalmente no escuro em relação a isso. A gente não tem nenhuma informação, não sabe o que vai sair disso. A mídia divulgou que a gente é contra a delação, mas a gente não tem informação nenhuma”, disse Wajngarten.

Delação premiada

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aprovou o pedido do acordo de delação premiada de Mauro Cid neste último sábado (9). Em seguida, o magistrado ordenou o afastamento do cargo militar do até então tenente-coronel. Conforme a equipe jurídica do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid deve discutir três temas. A princípio, falará sobre as joias sauditas, o cartão de vacina do ex-presidente e uma possível decisão de golpe de Estado.

Além disso, o militar afastado recebeu liberdade provisória, mas deve cumprir as devidas medidas preventivas. Mauro Cid deve manter o uso de tornozeleira eletrônica, permanece proibido de sair de casa à noite e aos finais de semana, impedido de usar as redes sociais e com o passaporte cancelado. No dia 6 de setembro, Mauro Cid chegou a ir ao STF para falar sobre o desejo de pedir a delação premiada.

O ex-ajudante de ordens foi preso sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente Bolsonaro. Atualmente, Mauro Cid está sob investigação em uma série de operações da Polícia Federal (PF). Dentre elas, há a apuração da venda ilegal de joias e outros itens valiosos do acervo da Presidência da República durante a gestão do último ex-presidente.