Governador quer polo industrial tecnológico na cidade de Anápolis

José Eliton assinou protocolo para implantar um Centro de Aquisições do Ministério da Defesa

Postado em: 17-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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José Eliton assinou protocolo para implantar um Centro de Aquisições do Ministério da Defesa

O governador participou do evento ao lado de representantes de categorias política e empresarial e do Exército Brasileiro

Lucas de Godoi*

O governador José Eliton defendeu nesta quinta-feira a criação de um polo industrial tecnológico na cidade de Anápolis. Ao lado de representantes das categorias política e empresarial e membros do Exército Brasileiro, Eliton assinou protocolo de intenções para implantação de um Centro de Aquisições do Ministério da Defesa em Goiás e assinado memorando de entendimento entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial e a Universidade Estadual de Goiás (UEG).

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“Estamos consolidando projeto que visa dar à cidade de Anápolis a logística para criar um polo industrial de alta tecnologia e de indústrias correlatas nos ramos da inovação e indústria bélica”, discursou o governador ao manifestar seu desejo de que essa indústria “tenha uma vertente que diga respeito à produção de conhecimento e saber”

O governador defendeu a necessidade de todos os estados dominarem ferramentas tecnológicas que propiciem avanços. “É dentro deste espírito que estamos firmando entendimento entre a UEG e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica objetivando ampliar a formação de mão-de-obra apta para atender à demanda dessa indústria de altíssima tecnologia”, comentou.

No entendimento de José Eliton, o maior desafio que se apresenta hoje é a construção do conhecimento e do saber; é o desenvolvimento de processos de inovação; o estabelecimento de uma agenda para a nação. “O Brasil precisa investir mais em ciência, tecnologia e inovação”, alertou, ao lembrar que o Governo de Goiás tem agido neste sentido. “Aqui em Goiás nós temos uma parceria muito forte com a Fieg, com o Sistema ‘S’ e com as entidades do setor privado na construção de um ambiente que possa garantir esta agenda”, afirmou.

“Foi assim – segundo o governador – que se criou o Inova Goiás, através do qual desenvolvemos uma política fiscal para possibilitar a atração de novos investimentos neste setor, com linhas de financiamento definidas e com desoneração tributária”.

José Eliton aproveitou a oportunidade para enaltecer o trabalho de ex-governadores em favor da consolidação de Anápolis como eixo de desenvolvimento da região central do Brasil. “Se Anápolis ganhou com Irapuã Costa Júnior, criador do Daia, com Marconi Perillo, que reestruturou a agenda de desenvolvimento, propiciando um salto extraordinário na economia local, na geração de emprego e renda, na modernização do parque industrial, hoje temos a oportunidade de propiciar um novo horizonte para a cidade”, considerou ao desfilar um leque de ações do governo desenvolvido no município nos últimos meses. 

Novas obras

Dentre muitos, mencionou o Centro de Convenções, a ampliação do Daia II, as obras do Anel Viário, a transposição dos córregos Capivari para o Piancó, garantindo abastecimento público de água para a população, as inaugurações do Case e da Unidade Prisional e a ampliação do Hospital Regional (Huana).

O Seminário da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás, que ocorre durante todo o dia de hoje, tem como objetivo apresentar às autoridades do Ministério da Defesa, das Forças Armadas, das forças de Segurança estaduais, empresários e comunidade científica o expressivo diferencial competitivo do setor. Estão sendo apresentadas as vantagens estratégicas que o Estado de Goiás, particularmente o município de Anápolis, pode proporcionar para a Indústria de Defesa e Segurança e para a Cadeia de Suprimentos das Forças Armadas e das forças de Segurança de todo o País. (* Especial para O Hoje) 

Líder do governo quer criar Polo Goiano de Desenvolvimento  

O deputado estadual, líder do governo na Assembleia Legislativa, Francisco Oliveira (PSDB) apresentou projeto de lei que dispõe sobre a criação do Polo Goiano de Desenvolvimento Mineral, com sede no município de Campos Verdes, produtor de bens minerais, joias, bijuterias e artesanatos.

De acordo com a proposta de lei o Polo Mineral desenvolverá e organizará a formação de mão de obra, produção, transformação e comercialização dos bens minerais na região integrante, através de fomento à matéria prima, insumos e exposição dos produtos minerais; desenvolvimento de cursos na formação e especializações para produção artesanal do produto mineral; e ações e projetos de incentivo à produção, lapidação e comercialização de pedras preciosas, artesanatos, joias e bijuterias.

A proposta prevê que a base de cálculo nas saídas internas e interestaduais dos produtos de esmeraldas, minérios que produzem esmeralda (biotita talco e xisto) e de subprodutos de esmeralda, de forma que a carga tributária seja equivalente a 5% (cinco por cento) a alíquota de ICMS incidente nas operações no estado de Goiás.

O parlamentar justifica a relevância do projeto. “O município em questão possui uma das maiores reservas de esmeralda do mundo, fato comprovado por inúmeras universalidades”.

A proposta explica que no início dos anos 2000 “Campos Verdes teve seu auge na mineração com um elevado ganho social, com intenso desenvolvimento econômico”. Segundo Francisco, o objetivo do projeto é gerar emprego e renda para a população já que o declínio da mineração com forte queda, ocasionou a ruptura do emprego formal e a baixa na arrecadação do município. 

Governo instala Codemetro para atuar no desenvolvimento da Região Metropolitana 

O secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Hwaskar Fagundes, presidiu a solenidade de instalação do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia (Codemetro). Lá, foram apresentados os diagnósticos e as diretrizes da Região Metropolitana de Goiânia (RGM), e feita a instalação das Câmaras Técnicas que devem compor o Codemetro e as etapas a serem realizadas no Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana (PDI).

Durante a reunião de instalação do Conselho, realizada nesta quinta-feira, no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, foram empossados os conselheiros e definida a agenda da entidade para os próximos meses. Ao todo, são 29 conselheiros titulares e igual número de suplentes, representando o Governo do Estado e os prefeitos dos municípios que integram a RMG, os poderes Legislativos estadual e municipal, e segmentos da sociedade civil, conforme determina a legislação atual.

De acordo com o Hwaskar, com a instalação do Codemetro, quase 2,5 milhões de habitantes da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) passam a contar com um Conselho que atuará de forma integrada para definir ações e políticas sobre o território e os serviços da região. “Entre as primeiras ações do Conselho, estão o lançamento do projeto de instalação de 500 novos pontos de ônibus coletivo e o anúncio da disponibilização de dados metropolitanos aos municípios”, disse.

Ele explicou ainda que as decisões tomadas pelo Codemetro serão implementadas na agenda dos municípios que compõem a região, por meio do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), elaborado pela Secima, em parceria com a Universidade Estadual de Goiás. “O Codemetro será uma instância de governança interfederativa, que representará a Região Metropolitana de Goiânia, integrada por 19 municípios vizinhos à capital”, afirmou Hwakar.

O coordenador do Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana, Marcelo Sáfadi, apresentou os resultados do estudo. “O resultado do trabalho está materializado em um conjunto de indicadores, mapas, e análises conjuntas dos 20 municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia, propondo diretrizes que nortearão o desenvolvimento equilibrado e duradouro para o território metropolitano”, disse ao garantir que, com o Codemetro, o Estado de Goiás passa a ter uma atitude coerente com os chamados tempos modernos.

De acordo com Marcelo, durante todo o processo de elaboração do plano foram realizadas duas audiências públicas, três reuniões do Comitê Executivo, três debates sobre a Legislação da Região Metropolitana, 19 oficinas comunitárias, 13 reuniões técnicas, quatro seminários e um workshop. Ao todo, segundo ele, quase quatro mil pessoas estiveram envolvidas no processo.

Integram a Região Metropolitana de Goiânia (RMG), além da capital, os municípios de Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santa Bárbara de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis e Trindade.

Representando os municípios, o prefeito de Trindade, Jânio Darrot, destacou a importância do Codemetro para as cidades que compõem a Região Metropolitana. “É um avanço muito grande para nós e precisamos fazer com que esse Conselho siga adiante”, disse o prefeito, ao defender a criação de um ‘masterplan’ para a Região Metropolitana, “para que a mesma se torne um projeto de governo com todas suas diretrizes pré-definidas”.

A legislação nacional obriga os estados a constituírem e regularizarem regiões metropolitanas. Recentemente, o Governo do Estado de Goiás atualizou a legislação estadual referente ao assunto. Trata-se da Lei Complementar nº 139, de 22 de janeiro de 2018. 

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