Vanderlan e Caiado terão conversa sobre 2024

"Somos presidentes de partido, então é natural. Em muitos municípios podemos ter parceria"

Postado em: 16-09-2023 às 09h20
Por: Francisco Costa
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Vanderlan e Caiado terão conversa sobre 2024 | Foto: Lindomar Gomes

Presidente do PSD em Goiás e possível nome à prefeitura de Goiânia, em 2024, o senador Vanderlan Cardoso esteve com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na última quarta-feira (13). O encontro ocorreu no Senado, onde conversaram, e o foco foi a reforma tributária. “Não conversamos sobre eleição.” O congressista, contudo, adianta que esse “papo” vai ocorrer, “mais pra frente”.

“Somos presidentes de partido, então é natural. Em muitos municípios podemos ter parceria. O União Brasil, por ter mais prefeitos em Goiás, é o partido mais beneficiado por nossas emendas”, declarou o senador ao ser questionado se poderia haver uma aliança para Goiânia, em 2024.  Ainda segundo ele, a relação com Caiado é boa. “Nunca deixou de ser respeitosa. Sempre que fui acionado procurei ajudar nosso Estado. Não tem sido diferente.”

Em 2020, Vanderlan Cardoso disputou a prefeitura da capital com o apoio do governador Ronaldo Caiado. Em 2022, contudo, ele deu suporte ao nome de Major Vitor Hugo (PL) para o governo e de Wilder Morais (PL) – seu companheiro de chapa naquele ano de corrida ao paço – ao Senado. A posição do ex-prefeito de Senador Canedo ocorreu depois que o gestor estadual antecipou o anúncio da vice, no segundo semestre de 2021, com a escolha de Daniel Vilela, presidente estadual do MDB. 

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Mas na política nada é permanente. Nem os rompimentos. Vanderlan deixa claro que o PSD é um partido de centro e reforça que não está descartada uma parceria com o governador. “O PSD não fechou porta para ninguém. Só não vou procurar quem não quer diálogo. Mas isso não está acontecendo. Nos procuram e eu atendo bem”, revela e detalha: “Pessoas que querem apoio, filiar… O momento é de diálogo. As definições ocorrem mais para frente, mas as conversas acontecem.”

E o PT?

O senador faz questão de reforçar que o PSD é de centro e que conversa com todos, inclusive com o PT. Ao ser questionado sobre uma possível aliança com outra pré-candidata, a deputada federal Adriana Accorsi (PT), ele diz que a parlamentar é uma amiga e que também fala com ela. “Não tenho problema com ninguém”, enfatiza mais uma vez.

Ele lembra que, atualmente, o PSD está no governo federal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com três ministérios: Carlos Fávaro (Ministério da Agricultura), André de Paula (Ministério da Pesca) e Alexandre Silveira (Ministério de Minas e Energia). “E quando fui prefeito de Senador Canedo, o PT era o governo central. Não tem radicalismo. O PSD não tem radicalismo. Tem três ministérios com Lula e foi fundamental na eleição de Tarcísio [de Freitas (Republicanos)] em São Paulo [ao governo].”

Vilmar Rocha

O Jornal O Hoje também conversou com Vilmar Rocha, ex-deputado federal e ex-presidente do PSD em Goiás. O político opinou que o partido deveria definir a pré-candidatura para prefeitura de Goiânia até novembro para ter tempo hábil de montar a chapa de vereadores, e que Vanderlan seria o favorito. Cardoso, entretanto, deixa claro que este ano isso não deve acontecer.

“Tenho deixado muito tranquilo a questão do PSD. Não tenho como definir nada agora, pois estamos em plena a reforma tributária e sou presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que é muito importante para a proposta”, destaca. “Então, seria incoerente eu tratar de pré-candidatura neste momento. Seria irresponsabilidade pelo cargo que exerço hoje.”

O presidente do PSD goiano cita, ainda, que o partido tem outros bons nomes, inclusive do próprio Vilmar – que também relatou ao Jornal que não disputaria nenhum cargo em 2024. Ele lembra do ex-deputado federal Francisco Júnior, que já disputou o cargo, do deputado estadual Cairo Salim e do deputado estadual Ismael Alexandrino. 

“PSD tem bons nomes. Se alguém quiser lançar pré-candidatura… Eu não tenho nada definido e só tomarei a decisão no ano que vem. Não abrirei mão disso, pois tenho uma grande responsabilidade com a reforma. Depois serei cobrado pela população, caso prejudique nosso Estado. Então, estamos debatendo intensamente.”

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