Lula tem discurso de combate à fome e desigualdade elogiado por Pacheco

Segundo o presidente do Congresso Nacional, são "a maior e mais nobre obsessão" de Lula

Postado em: 19-09-2023 às 15h35
Por: Larissa Oliveira
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Lula e Pacheco - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou durante a abertura da 78ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19). Na ocasião, Lula afirmou que o combate às mudanças climáticas e à desigualdade são os principais desafios a serem vencidos pelos líderes mundiais. Posteriormente, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elogiou o pronunciamento do atual chefe do poder executivo federal.

“O pronunciamento do residente Lula na ONU, nesta terça-feira, além de abordar temas mundiais relevantes, como a paz e o clima, expressou a sua maior e mais nobre obsessão: a erradicação da fome e o combate às desigualdades. Esse deve ser o objetivo da política, cujo caminho exige compromisso com leis modernas, que permitam o desenvolvimento econômico sustentável, geração de emprego, atração de investimentos, equilíbrio fiscal e educação para todos. Meus cumprimentos ao presidente Lula pelo discurso”, publicou Pacheco em sua rede social.

Pela oitava vez, o presidente Lula abriu o debate dos chefes de Estado. Desde os princípios da Assembleia Geral das Nações Unidas, cabe ao presidente brasileiro fazer o primeiro discurso. Em seguida, conforme a tradição, o presidente dos Estados Unidos discursa. Durante seus mandatos anteriores, Lula participou de todos os eventos da ONU entre 2003 e 2009. Apenas em 2010 foi representado pelo então ministro das Relações exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

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Após 14 anos, Lula falou como presidente do Brasil no evento da ONU, sediado em Nova York, nos Estados Unidos. Neste ano, o tema do debate geral foi “Reconstruir a confiança e reacender a solidariedade global: acelerando ações para a Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”. Conforme o presidente brasileiro, a desigualdade é o principal desafio da humanidade.

Discurso de Lula

Em seu discurso, Lula expressou condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia e o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Além disso, afirmou que a agenda de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) pode se tornar o maior fracasso da entidade. “Nesses 7 anos que nos restam, a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles deveria se tornar o objetivo síntese da Agenda 2030”, argumentou.

Para o presidente brasileiro, a palavra “desigualdade” resume todos os objetivos da Agenda 2030. “A desigualdade está na raiz desses fenômenos ou atua para agravá-los. Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas. A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento”, disse. Segundo Lula, para superar a desigualdade, “a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano” precisam inspirar indignação nos líderes políticos.

Aliás, Lula também destacou que falta “vontade política daqueles que governam o mundo” para encontrar soluções que possam tornar o mundo mais justo. Por isso, prometeu utilizar a presidência brasileira no G20 para enfrentar tal cenário. “Não mediremos esforços para colocar no centro da agenda internacional o combate às desigualdades em todas as suas dimensões”, ressaltou. No final de seu discurso, disse que o lema será “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.

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