Direita tem que estar unida para contrapor Gomide, diz Vitor Hugo 

Embora esteja focado em consolidar um grupo de direita, ex-deputado federal e ex-líder de governo de Bolsonaro na Câmara não desiste de viabilizar-se

Postado em: 21-09-2023 às 07h30
Por: Yago Sales
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O projeto político do partido é primordialmente a "consolidação da direita em Goiás", diz Vitor Hugo | Foto: Reprodução

De volta ao cargo efetivo na Câmara Federal, o ex-deputado federal Vitor Hugo aproveita para se encontrar, logo ali, no Senado Federal, com o senador Wilder Morais. Ambos do Partido Liberal (PL), partido do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, eles têm o compromisso de viabilizar nomes à disputa municipal do ano que vem e, mais: construir um projeto sólido para 2026. 

Pelo menos é o que defende, em entrevista ao jornal O Hoje, Vitor Hugo. Embora reconheça que quem está com a caneta na mão no partido é Wilder, que assumiu a presidência da sigla em janeiro. 

“As diretrizes são tratadas pelo Wilder”, considera Vitor Hugo, antes de dizer que a intenção do PL é “conquistar o máximo de prefeituras e cadeiras e câmaras para chegar forte nas majoritárias em 2026 para governador, dois senadores e deputados”. 

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Sobre o projeto político do partido, Vitor Hugo diz que é primordialmente a “consolidação da direita em Goiás”. Ele sabe que em muitos municípios goianos os partidos, à direita, aguardam ansiosamente pela definição do PL. 

Como tem sido analisado constantemente pelo jornal O Hoje, a cidade que deve mais se apropriar da força do PL, intrinsecamente ligada ao fenômeno de Jair Messias Bolsonaro: Anápolis. Claro, tem Goiânia também. 

Sobre Anápolis, Vitor Hugo afirma que, por enquanto, o grupo de direita na cidade não conversou sobre qual vai ser o nome para encabeçar a chapa. “Mas precisa ser forte para contrapor o candidato da esquerda. Direita tem que estar unida para contrapor Gomide”, disse ele. 

“Tenho relação afetiva com Anápolis e converso com todos os atores envolvidos. Em Anápolis, ajudei com respiradores, construção de hospital veterinário”, cita o ex-deputado federal.  

Por ora, o projeto de contraposição ao nome de esquerda é a definição de um nome. Indagado se ele tem brigado para ser o nome da cidade, ou em outra, ele fica um pouco em silêncio e segue: “Eu acho que, por ter tido meio milhão de votos em Goiás, tenho responsabilidade. Continuo acreditando. Vira e mexe recebo mensagem de alguém me chamando para ser candidato na cidade”. 

Ele também comenta sobre a relação com o presidente estadual do seu partido. “Tenho conversado semanalmente com o senador Wilder Morais para discutir as estratégias. Foi candidato ao Senado na minha chapa, a meu convite, e o mantive mesmo diante de indefinições. Conseguimos uma vitória com ele eleito e os deputados federais”. 

Vitor Hugo conta que ele tem viajado por Goiás e tem percebido que existe um reconhecimento, por parte dos goianos, pela figura do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Em Goiás, de modo especial, ele vai ter papel importante na definição dos candidatos e na eleição. Tenho percebido a disposição de Bolsonaro para percorrer o estado”. 

O político reconhece que Jair Bolsonaro vai ter um papel importante na disputa eleitoral do ano que vem, embora esteja inelegível até quase 2030. “Na trajetória dele como pré-candidato, candidato e como presidente ele visitou muito Goiás. E foi o estado em que ele mais visitou. Tenho certeza que ele vai dar atenção para a direita, abrindo espaço, trilha, para que a gente tenha vitória em 2026”. 

Vitor Hugo fundou o Instituto Harpia do qual é presidente. E, em evento nesta sexta-feira (22) na Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), vai ser, inclusive, leiloado um quadro de Bolsonaro trajando a faixa presidencial para angariar fundos à instituição. 

“A ideia é que seja um fórum de discussão dos problemas brasileiros. A gente quer fomentar e defender os valores da direita. Propriedade privada, livre iniciativa, liberdade econômica. Fazer manifestos, dar cursos, formar lideranças”, disse Vitor Hugo.

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