Lula nomeia seu carcereiro na PF para cargo na Presidência
O agente federal deverá integrar a equipe responsável pela segurança pessoal do presidente
Por: Larissa Oliveira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) requisitou Paulo Rocha Gonçalves Junior a atuar na Presidência da República. Paulão, como Lula costuma chamá-lo, foi carcereiro do presidente na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Entre abril de 2018 e novembro de 2019, período em que o presidente esteve encarcerado, Paulão esteve ao lado de Lula.
Lula foi preso no âmbito da operação Lava Jato, por determinação do ex-juiz Sergio Moro. O então detento e seu carcereiro acabaram se tornando amigos. Durante o período em que esteve preso, o presidente perdeu o irmão, Genival, e o neto de 7 anos, Arthur. “Foi no meu ombro que ele chorou depois de saber da morte do neto”, disse Paulão à imprensa depois da eleição de Lula em 2022.
De acordo com o agente federal, Lula ficou muito triste com a morte do irmão mais velho. “Mas o irmão tinha alguma idade, problemas de saúde, já a morte do neto ele sentiu como antinatural, como inesperada, foi o pior momento, sem dúvida, daqueles 580 dias”, lembrou Paulo Rocha Gonçalves Junior. Em Curitiba, Paulão era o subchefe do núcleo de operações da carceragem da PF.
O carcereiro era o responsável pela abertura da cela de Lula às 8h, e pelo fechamento às 17h. Além disso, Paulão conduzia as visitas recebidas pelo presidente às quintas-feiras, servia as refeições e o acompanhava ao local onde tomava banho de sol. Na Presidência da República, o agente federal deverá integrar a equipe responsável pela segurança pessoal do presidente. Ele exerceu essa função durante a campanha de Lula em 2022.