“Tinha gente que não queria largar o poder”, diz ministro sobre trama golpista

Em coletiva, José Múcio foi questionado sobre a delação de Mauro Cid

Postado em: 22-09-2023 às 13h19
Por: Luan Monteiro
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Em coletiva, José Múcio foi questionado sobre a delação de Mauro Cid. | Foto: Ministério da Defesa

Em coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, José Múcio (PTB), foi questionado sobre a delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, em que ele afirma que Bolsonaro se reuniu com os comandantes das Forças Armadas para a análise de um suposto golpe.

Segundo Cid, na ocasião, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, teria apoiado um golpe, enquanto o comando do Exército teria negado.

“Tinha gente que não desejava sair do poder, largar o poder”, afirmou Múcio.

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O ministro afirmou que os demais comandantes das Forças Armadas percebiam o apoio aberto de Garnier a Bolsonaro. “Eu percebia, os outros comandantes me receberam. Não sei se ele tinha aspirações golpistas, mas a gente sabia, os jornais falavam”, disse.

José Múcio também afirmou que é necessário parar de suspeitar das Forças Armadas para que os verdadeiros culpados sejam punidos. “No dia 1º de janeiro as Forças Armadas garantiram a posse do presidente e garantiu a plenitude democrática. Precisamos esclarecer essas coisas e deixarmos de suspeitar de todo mundo para que possamos punir os culpados”, completou.

Por fim, o ministro afirmou que não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a delação de Mauro Cid. Ele, no entanto, informou que a CPMI do 8 de janeiro tem toda a autoridade para convocar os envolvidos.

“Tenho notícias todas as manhãs através de vocês (imprensa). Mas aguardamos que tanto a CPI quanto o ministro Moraes nos passe os nomes dos implicados, quem foram os envolvidos, para que possamos tomar as providências”, completou.

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