Mesmo sem sinalização, Bruno tem apoio massivo de deputados para 2024

“Dos mais votados de Goiânia aos suplentes com boa expressão de eleitores na capital”, diz parlamentar

Postado em: 27-09-2023 às 08h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Mesmo sem sinalização, Bruno tem apoio massivo de deputados para 2024
O chefe do Executivo deve se manter afastado de conversas sobre 2024 até as convenções partidárias ou perto disso | Foto: Agência Assembleia de Notícias

Pode não ser oficial, mas é consenso que o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), tem trabalhado de forma ativa para ser candidato a prefeito de Goiânia em 2024. Parlamentares da Alego ouvidos pelo Jornal O Hoje confirmam, mas não só isso. 

A informação é que Bruno tem o apoio massivo dos deputados estaduais. Dos mais votados de Goiânia aos suplentes com boa expressão de eleitores na capital, como Rafael Gouveia (Republicanos), Thiago Albernaz (MDB), Henrique Arantes (MDB) e Chiquinho Oliveira (União Brasil). “Apoio total”, diz um parlamentar sobre a avaliação de Peixoto na Casa. 

Sobre o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), ele afirma que o gestor ainda não deu qualquer sinalização favorável ou não a Bruno. O chefe do Executivo deve se manter afastado de conversas sobre 2024 até as convenções partidárias ou perto disso. 

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Esta fonte, contudo, acredita que o apoio virá no momento certo. Especialmente com a desistência da filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende (MDB), e da dificuldade do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota, rumo ao MDB), em ter autorização da Justiça para disputar o páreo.

Mendanha e Ana Paula

Sobre Mendanha, em meados deste mês um parecer técnico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi contrário à possibilidade da candidatura do ex-prefeito de Aparecida, em Goiânia. Gustavo foi prefeito reeleito de Aparecida, mas renunciou ao mandato em abril de 2022 para disputar o governo de Goiás. 

A tese da consulta feita pelo presidente do MDB nacional, deputado federal Baleia Rossi, era que a saída do cargo ocorreu com distância do pleito de 2024. Além disso, que o ex-prefeito tentaria mandato em um município maior.

Para a analista judiciária Kaline Tavares de Lucena, cuja peça instruirá o voto do ministro Ramos Tavares, relator da consulta, a mudança de domicílio de Mendanha para tentar o cargo de prefeito em Goiânia “representa desvirtuamento daquilo que o princípio republicano almeja, que é o incentivo à alternância e o desestímulo à perpetuidade no poder”. À época, Mendanha disse que era o esperado, mas que o momento é de fazer a defesa e o contra-argumento. Antes do relator dar o voto, que será julgado pelos outros ministros do TSE, o Ministério Público Eleitoral (MPE) fará sua manifestação. 

Antes disso, Ana Paula anunciou aos aliados que não disputaria a prefeitura de Goiânia. Um dia depois, formalizou a desistência pelas redes sociais. “Após um tempo de profunda reflexão tomei a decisão de não apresentar meu nome como pré-candidata a prefeita nesta eleição”, escreveu no Instagram.

Segundo Ana, à época, o nome dela era sondado pelo MDB para a disputa, o que “a honra e envaidece”, pois entende como uma homenagem ao pai. Ainda assim, ela preferiu agradecer ao presidente estadual da sigla e vice-governador, Daniel Vilela, pelo cuidado e ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil), “por ter a certeza de que estaria ao meu lado se levasse adiante uma candidatura”.

Também naquele momento, ela disse que não descartava “disputar um mandato eletivo futuramente”. Ana argumentou que queria participar da política, por entender “a fundamental importância da política para transformar a vida dos que mais precisam. Para isso entendo que preciso construir o meu próprio caminho, com humildade, tempo e os pés no chão”. Por fim, ela afirmou que podem contar com ela para um projeto voltado para cuidar da cidade e que Iris continua sendo referência para ela. A disputa, contudo, ficará para outro momento.

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