Após ensaio de CPI, CEO da Equatorial se reúne com deputados na Alego

Parlamentares participaram de uma reunião a portas fechadas para discutir medidas focadas na resolução dos problemas identificados na prestação do serviço

Postado em: 03-10-2023 às 08h30
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Após ensaio de CPI, CEO da Equatorial se reúne com deputados na Alego
Audiência pública ficou acertada e deve ocorrer em 15 dias | Foto: Hellenn Reis

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Bruno Peixoto (UB) e um grupo de deputados receberam, na tarde da última segunda-feira, 2, o CEO da Equatorial Energia, Lener Jayme, para tratar de problemas recorrentes na prestação do serviço em Goiás, como quedas de energia e falta de estrutura para instalação de ar condicionado em escolas.

Na reunião ficou acertado que, em 15 dias, um diretor nacional e outros representantes da Equatorial participarão de uma audiência pública a ser realizada na Alego, onde apresentarão os investimentos que já foram feitos e os que ainda serão realizados para a solução desses problemas. A audiência será promovida em conjunto pelas Comissões de Educação, Defesa do Consumidor e Minas e Energia.

Lener Jayme garantiu que a empresa está trabalhando para reduzir o número de quedas de energia ainda em 2023. Um dos temas a serem tratados nessas audiências será o caso de escolas públicas e da rede privada, que possuem ar condicionado, mas não conseguem utilizá-los por falta de capacidade da rede elétrica. 

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Apesar da reunião, o presidente da Casa disse que a criação de uma CPI para tratar do problema não está descartada. “Sem sombra de dúvidas. Se não apresentarem soluções, se não forem convincentes e não agirem, a Assembleia Legislativa dará respostas sim, por meio de uma CPI”, afirmou.

Dificuldade

A presidente da Comissão de Educação, Bia de Lima (PT) considerou que a reunião foi produtiva, pois viabilizou a realização de audiência com representantes da empresa. Ela afirmou que, pela urgência da pauta, a audiência será realizada o mais breve possível e enfatizou que a falta de condições para instalar ar-condicionado em escolas está se tornando um problema grave. 

“As crianças e jovens têm dificuldade de assistir aula com tanto calor. É uma situação insuportável. E, às vezes, falta apenas colocar um poste para instalar o ar condicionado”, explicou.

Bia afirmou que a criação da CPI vai depender das respostas da Equatorial para a solução dos problemas. “O que não dá é entrar ano e sair ano com o problema sempre nas costas do consumidor. É o pequeno produtor que perde o seu produto, é uma situação que sempre se agrava. Hoje, todo o mundo está gastando muito dinheiro para comprar geradores. Então, a situação aqui em Goiás é realmente muito difícil e a gente espera que a Equatorial possa dar uma resposta em tempo ágil”, assinalou.

CPI

Conforme mostrado pelo O HOJE no último sábado, apesar das sinalizações de que uma CPI contra a empresa pode ser instalada, nos bastidores o comentário vai na direção oposta. Muitos deputados demonstram preocupação das investigações acabarem em pizza. 

Na  semana passada, um dos parlamentares disse em plenário que a Casa não poderia correr o risco de virar motivo de chacota. Ele acrescentou ainda que a Equatorial “acabou de assumir” a distribuição e fornecimento de energia elétrica em Goiás. E indagou os colegas: “investigar o que?”. 

À reportagem, outro parlamentar disse: já te adianto: isso é completa perda de tempo, não vai vingar. O Gugu [deputado entusiasta da instalação de uma CPI na Casa de Leis] quer investigar uma empresa com pouquíssimo tempo de trabalho prestado. Quando ele refletir melhor sobre o que está propondo rapidinho tira isso de ideia”. A mesma fonte aposta que “quase ninguém”assinará a proposta da CPI e, com isso, a ideia de Gugu terminará enterrada. 

De volta, porém, ao encontro de ontem, participaram da reunião, além dos citados, os deputados Talles Barreto (UB), Gugu Nader (Agir), Clécio Alves (Republicanos), Veter Martins (Patriota), Amauri Ribeiro (UB) e Coronel Adailton (Solidariedade)

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