Cinco alas do PT disputam candidatura em Goiânia, mas Accorsi tem maioria
Corrente da deputada federal é "majoritária" na capital, segundo petista do alto escalão do partido
Por: Francisco Costa
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Uma figura de expressão dentro do PT reforçou o que já se sabe: a deputada federal Adriana Accorsi (PT) é quase certa como candidata à prefeitura de Goiânia, em 2024. O interessante é o funcionamento da legenda, que ele explica ter cinco correntes no Estado, e que aquela que inclui a parlamentar é majoritária na capital, por isso o caminho estaria mais fácil.
“O PT tem 43 anos, formado por correntes, grupos políticos que disputam a hegemonia em conferências nacionais, estaduais e municipais”, detalha. “Em Goiás, são cinco correntes principais.”
A fonte enumera cada uma. Existe a Cerrado, que inclui ex-parlamentares como Marina Sant’Anna e Luís César Bueno, que estaria “fragilizada”, mas ainda goza de prestígio em Brasília. Prova disso, ressalta o petista, é Olavo Noleto, que faz parte do grupo.
Noleto ocupa cargo no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele é o número 2 na hierarquia do Ministério de Relações Institucionais.
Mas sobre as demais forças, há, também, a corrente PT para vencer, que é minoritário em Goiânia, mas majoritário no Estado. Fazem parte dela o deputado federal Rubens Otoni (PT) e a presidente estadual da sigla, vereadora Kátia Maria (PT). “Em prévias para governador esta corrente é mais forte”, observa o interlocutor.
A terceira citada por ele é o “Grupo do Gomide”, ligada ao deputado estadual Antônio Gomide (PT) e com força em Anápolis. Mais à esquerda, está outra minoritária na capital, a Esquerda Popular Socialista (EPS), do deputado estadual Mauro Rubem (PT).
Por fim, ele destaca a corrente Articulação, da deputada federal Adriana Accorsi e da estadual Bia de Lima (PT). “É o grupo majoritário em Goiânia. Em prévias, consegue a maioria para aprovar o nome de Accorsi. Então, é a Adriana que será a candidata, se ela quiser e ela quer. Mas o PT é democrático e todos podem se lançar.”
Segundo esta fonte, a congressista goiana também tem o presidente Lula e a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, o que garante mais uma vantagem. “Mas acredito que as próprias correntes vão endossar.”
PSD
Em relação a uma união com o PSD do senador Vanderlan Cardoso, o petista diz não estar descartado. Contudo, ele revela que as conversas começam de dentro para fora.
Primeiramente, os diálogos ocorrem com partidos de dentro da federação, que inclui o PV e o PCdoB. Em seguida, avançam para legendas de esquerda e centro-esquerda, como PSOL e PSB.
Só então, o debate é ampliado para partidos de centro e até centro-direita que estão na base do presidente Lula. Entre eles, o PSD de Vanderlan, o PP e o Republicanos.
Reunião
Nesta quinta-feira (5), o grupo Articulação realiza uma reunião. O local ainda não foi definido. O encontro, todavia, está marcado para às 18h30. A pauta já está definida: preparar um evento para lançar a pré-candidatura de Adriana Accorsi.