Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Daniel Vilela expõe a ligação entre Caiado e Zé Eliton

"O Caiado e o Zé Eliton são a mesma coisa: um é o criador e o outro é a criatura", disse o candidato

Postado em: 27-08-2018 às 17h07
Por: Lucas de Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Daniel Vilela expõe a ligação entre Caiado e Zé Eliton
"O Caiado e o Zé Eliton são a mesma coisa: um é o criador e o outro é a criatura", disse o candidato

Da Redação

Durante o primeiro debate entre os governadoriáveis realizado
pela Rádio Interativa FM. o candidato a governador pela Coligação Novas Ideias,
Novo Goiás (MDB, PP, PRB e PHS), Daniel Vilela (MDB) mostrou conhecimento dos
problemas de Goiás, apontou soluções e projetos, e confrontou diretamente os
dois principais adversários, Ronaldo Caiado (DEM) e José Eliton (PSDB), amigos
e aliados até pouco tempo atrás.

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“Nós temos a oportunidade de trilharmos dois caminhos:
continuar como está ou mudar. Se quiser continuar, o Caiado e o Zé Eliton são a
mesma coisa: um é o criador e o outro é a criatura. Se quiser mudar, entendo
que o nosso projeto é a profunda renovação das práticas políticas e
administrativas do nosso Estado”, afirmou. Daniel referia-se ao fato de Caiado
ser o criador político de Eliton, ao indicá-lo para ser candidato a
vice-governador na chapa de Marconi Perillo (PSDB) em 2010. Na época, Caiado e
seu partido integravam o governo Alcides Rodrigues, mas ele preferiu se aliar
novamente a Marconi, negando apoio à candidatura de Vanderlan Cardoso, e
mantendo-se como adversário do MDB, que tinha Iris Rezende como candidato.

No debate, Daniel questionou Caiado sobre ações para
equilibrar as conta do Estado e apontou que, ao participar de 16 dos 20 anos do
atual governo, o senador “se esqueceu” de apontar os problemas. O
emedebista lembrou que relatou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) o desequilíbrio
financeiro do Estado, o que originou manifestação do órgão apontando para o
risco de atraso do pagamento do funcionalismo devido à má gestão capitaneada
por Zé Eliton.

“Importante dizer que essa situação não vem de hoje .
Está sendo apontada há muitos anos por nós, que sempre estivemos na oposição ao
longo desses últimos 20 anos. Já o candidato Caiado esteve lá ao lado deles ao
longo de 16 anos, foi partícipe das mesmas propostas nas eleições e ficou cego
surdo e mudo nesses 16 anos. Só agora está vendo os casos de corrupção, que
está fazendo os questionamentos de irresponsabilidade fiscal do Estado. Por que
não fez isso antes?”, questionou.

Provocado por Eliton, que tentou tomar para si os méritos
das políticas públicas de assistência social implementadas durante os governos
do MDB, Daniel desafiou o adversário a andar nas ruas, sem seus seguranças, e
testar sua popularidade. “Você não tem apresentado nenhuma proposta de futuro
para Goiás e vive fora da realidade. Vive em uma cápsula, fechado no Palácio das
Esmeraldas. Te desafio a andar na rua e perguntar o que acham do seu governo e
de seu padrinho Marconi Perillo. É um governo que tem apenas 15% de aceitação e
você é o candidato mais rejeitado (segundo pesquisas)”. O desafio proposto por
Daniel ficou sem resposta.

O candidato do MDB também falou de suas ideias para a
saúde:  “O Estado não age como
parceiro dos municípios. Hoje delega o atendimento primário e secundário aos
municípios, que também estão em situação fiscal grave”, afirmou. “Nós vamos fazer
com que os municípios recebam a participação efetiva do Estado, que voltará a
ser o formulador das políticas públicas para a saúde”. O candidato lembrou que
o atual governo tem atrasado repasses obrigatórios aos municípios, o que piora
ainda mais o atendimento à população. “Vamos promover integração com
clínicas populares para que o cidadão tenha condição de ser atendido mais
próximo de casa e com maior agilidade”.

Quanto o assunto foi desenvolvimento do Entorno do Distrito
Federal, região visitada por Daniel no último domingo, ele defendeu a conclusão
imediata das obras inacabadas e a criação de um plano de desenvolvimento que
seja, de fato, aplicado. “Vamos concluir, assim que assumirmos o governo,
todas as obras inacabadas no Entorno e em seguida criar um plano de
desenvolvimento regional”, afirmou, complementando que consta no seu plano de
governo lançar novas obras somente após concluir as que estão paralisadas. O
emedebista falou ainda sobre a possibilidade de utilizar a linha férrea que
liga Valparaíso ao Distrito Federal. “Já estamos em conversas avançadas
com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, para aproveitar os vagões que
estão ociosos e que podem servir para este transporte de passageiros”.

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