Presidente da Câmara de Itumbiara cobra energia de qualidade no município

Presidente da Câmara Municipal de Itumbiara, o vereador Neto Karfan (Solidariedade) está de olho na possibilidade da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a prestação de serviço da concessionária de energia Equatorial. Ele revela ao Jornal O Hoje que o próprio município passava por diversos problemas de queda de energia até que, na última semana, ele esteve na empresa com um ofício pedindo explicações no prazo de três dias.

Segundo Karfan, a cobrança deu resultado. “Depois da nossa visita à empresa e a força política que mobilizamos em Itumbiara, os reparos foram bem rápidos. Nos deram uma resposta positiva”, declarou sobre o retorno da empresa. Ele destaca que a empresa relatou que o aumento do calor também gerou o acréscimo no consumo de energia e a carga não suportou. 

“Eles relataram, na resposta, que aumentaram a capacidade da rede elétrica e dos transformadores em alguns pontos. Com essa modificação, disseram que as quedas parariam. Além disso, prometeram um estudo por toda a cidade”, comentou o vereador. 

Ainda sobre a CPI, Neto argumenta que tudo que for relacionado a explicações sobre uma empresa que vende um produto único e a população é obrigada a comprar pelo preço determinado cabe cobrança e apuração. Desta forma, o parlamentar se mostra favorável à instalação do processo investigatório na Alego. 

Na esteira

No fim do mês, o governador Ronaldo Caiado (União) se reuniu com o presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, e cobrou soluções para o problema da queda de energia que tem causado uma série de dificuldades em todo o estado. “Precisamos de respostas e soluções reais. Não esperamos uma vara de condão para resolver magicamente todos os problemas, mas queremos investimentos, planejamento diante de mudanças climáticas, transparência e melhor comunicação com os goianos”, pressionou.

Durante a reunião, Lener Jayme deu a mesma justificativa a Caiado e a Neto Karfan. Ele afirmou que a onda de calor foi um dos principais problemas, que sobrecarregou sistemas de distribuição do Brasil inteiro. Segundo ele, a direção do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou, na tarde de quarta (27), a interrupção da energia em subestações da região sudeste de Goiás para reduzir o impacto de sobrecargas.  Em contrapartida, Caiado ponderou que tendo em vista o período chuvoso que se aproxima, a distribuidora deve reforçar o sistema a fim de evitar danos maiores do que os causados por ora.

CPI

Em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito, de fato, na última segunda-feira (2), o presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (União Brasil), admitiu a possibilidade de abertura de uma CPI contra a Equatorial. A medida pode ocorrer caso a empresa não resolva as frequentes quedas de energia. A instalação de uma investigação contra a empresa, vale destacar, tem sido encabeçada, na Alego, por uma segunda liderança da região, o deputado Gugu Nader (Agir).

“Sem sombra de dúvidas. Se não apresentarem soluções, se não forem convincentes e não agirem, a Alego dará respostas, sim, através de uma CPI, se necessário for”, disse o presidente da Casa ao ser questionado por jornalistas após reunião com o presidente da Equatorial Energia em Goiás, Lener Jayme. O encontro ocorreu justamente por causa das frequentes quedas de energia.

A Equatorial deve apresentar um plano de investimentos nos próximos 15 dias. “Nos asseguraram que em um prazo de 15 dias estarão na Assembleia em uma audiência pública para apresentar os investimentos que foram feitos e os investimentos a serem feitos. Já nos garantiu que está trabalhando para reduzir o número de quedas de energia ainda neste ano em relação a 2022”, expôs Peixoto.