Se Bruno não concorrer à prefeitura, pode figurar com vice em 2026

O comentário já circula pelo alto clero da política goiana. "Ficaria bom pra todo mundo", avalia uma fonte que não descarta a possibilidade de apoio do governador a um outro nome

Postado em: 09-10-2023 às 08h00
Por: Luan Monteiro
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O comentário já circula pelo alto clero da política goiana. "Ficaria bom pra todo mundo", avalia uma fonte que não descarta a possibilidade de apoio do governador a um outro nome | Foto: Agência Assembleia de Notícias

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), é, todos sabem, uma promessa para o futuro político goiano. Com exímio poder de articulação, Peixoto provou sua capacidade de transitar entre políticos com maestria logo que assumiu a liderança do governo encabeçado por Ronaldo Caiado (UB), em 2019.

Como mostrado pelo O Hoje, Bruno foi peça crucial na aprovação de matérias caras e essenciais para governabilidade da atual gestão, que foi reeleita, sem dificuldades, para novos quatro anos no comando do estado, em 2022. 

Graças ao trabalho desempenhado enquanto líder de Governo, aliado às inúmeras demonstrações de fidelidade dadas durante a primeira gestão caiadista, Peixoto ampliou, e muito, seu protagonismo em meio a base governista. 

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Prova disso, dizem aliados, é que Peixoto garantiu tranquilamente sua chegada à presidência do Legislativo. E mais: foi reeleito antecipadamente, o que avalizou sua permanência na cadeira até 2026. 

As inúmeras vitórias levaram Bruno a sonhar mais alto. Ele quer, agora, chegar à prefeitura de Goiânia. O presidente do Legislativo não só antecipou as movimentações nesse sentido, como articulou uma ampla base de apoio. Mas esse desejo pode ser frustrado se a estratégia de Caiado caminhar em direção oposta. 

Ronaldo Caiado, é sabido, quer chegar, por sua vez, à presidência daqui quatro anos. Para isso terá que manter o maior número possível de aliados ao seu lado, além de continuar entregando aos goianos uma gestão exitosa. Para atingir essa meta, primeiro, pode se movimentar para conquistar figuras que, até ontem, se portavam como opositores. No quesito governabilidade, Bruno é visto como essencial nesse processo. Enquanto presidente da Alego, facilita, como ninguém, a articulação para aprovação de matérias importantes, e detalhe: até o final da gestão caiadista.

Em paralelo, a leitura, nos bastidores da política goiana, é que o governador não deixaria Peixoto desamparado. Ainda que o presidente diga publicamente que trabalha de olho na Câmara dos Deputados, seu lugar pode ser no Executivo. Uma fonte próxima de ambas as lideranças disse ao O Hoje que ventila pelo alto clero a possibilidade de “encaixá-lo” como candidato a vice-governador em 2026.

Isso porque o candidato natural do governo é o, hoje, vice, Daniel Vilela (MBD). Em um cenário hipotético onde a aliança entre Daniel e Bruno acontecesse, o governador garantiria ainda a manutenção da dobradinha União Brasil e MDB. Aliança que garantiu vitória do governo em 2022 e promete, de quebra, ampla conquista em relação às prefeituras goianas em 2024.

 “Ficaria bom pra todo mundo”, diz uma fonte que não descarta a possibilidade de apoio do governador ao nome do senador Vanderlan Cardoso (PSD), por exemplo. O congressista é visto como principal cotado para a disputa que se avizinha. O parlamentar concorreu em 2020 à prefeitura de Goiânia com apoio de Caiado. Se a cena se repetir e Vanderlan terminar eleito, Caiado elimina um nome de peso da disputa de 2026 e, de quebra, ganha um importante cabo eleitoral para seu projeto político para o mesmo ano.

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