Vanderlan cardoso (PP): “O eleitor está olhando para projetos”

Sobre as alianças, o candidato tem clareza que elas são benefícas para o processo eleitoral

Postado em: 29-08-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Sobre as alianças, o candidato tem clareza que elas são benefícas para o processo eleitoral

Rafael Oliveira e Rubens Salomão* 

O ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PP), disse que quer fazer a diferença no Senado e não atuar apenas como revisor de leis. Ele defende reforma tributária para diminuir os impostos pagos pelos trabalhadores e também para fomentar investimentos estrangeiros no país. O senatoriável também defende mais autonomia dos municípios, inclusive para gerirem a pauta da segurança pública. Sobre as alianças, o candidato tem clareza que elas são benefícas para o processo eleitoral, mas entende que o eleitor está preocupado em analisar a história e as as propostas do candidato, pontos que se sente favorecido por sua atuação política. 

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Como está sendo a organização da sua campanha ao Senado, com tempo menor do que nas outras disputas que o senhor participou nas candidaturas ao Executivo? 

Toda campanha é uma correria, mesmo você tendo mais tempo, na hora de colocar a campanha na rua sempre tem alguns problemas que surgem. Mas essa campanha está muito diferente das outras, a receptividade está muito boa, muitos apoios. Estou muito satisfeito com o andamento da campanha. 

O eleitor ainda não está distante? Muita gente tem sentido isso. 

Onde a gente tem passado, são poucos os lugares que as vezes a gente vê o eleitor um pouco mais distante. Mas na maioria das vezes o eleitor está olhando muito a questão dos projetos e da pessoa, e graças a Deus, nesses 14 anos que tenho de vida pública, sempre procurei fazer o dever de casa direito e a receptividade está sendo devido a isso.

E a estrutura? O senhor está com a máquina do MDB e do PP alinhada com o projeto do senhor. Com que exército o senhor está contando para essa disptuta majoritária?

O MDB, lógico, está nos ajudando em muitos municípios e eu passei um ano dentro do MDB e conheço a estrutura do partido, principalmente no interior  do estado. Mas nós temos companheiros também de outros partidos nos apoiando. Tem muita gente que apoia candidatura da base do governo e também nos apoia no Senado, que apoia também a candidatura de Ronaldo Caiado e que está nos apoiando. Essa campanha está uma salada, acho que o eleitor está vendo muito a questão pessoa.

Issso é natural? Porque geralmente vemos os partidos se alinhando e pedindo fidelidade partidária. Nestas eleições existe essa especificidade. Como senhor analisa? 

Os partidos pedem muito com essa fidelidade partidária, mas o eleitor não está querendo saber disso aqui e não só nessas eleições, mas nas outras que eu participei também.  O eleitor está vendo muito quem é o candidato, qual é o projeto dele, onde ele passou como homem público, ou seja, a questão pessoa. Os eleitores não estão olhando essa questão partidária, até mesmo porque se for escolher por partido que não tem problema, todos têm problema. Acho que é aí que a gente está ganhando um pouco, principalmente no segundo voto. 

O senhor está pedindo diretamente o segundo voto? 

Não, peço o primeiro e se realmente tiver algum compromisso com o primeiro, aí sim a gente pede o segundo. 

Nessa disputa o senhor não foca no segundo voto, mesmo tendo políticos como Marconi Perillo, Lúcia Vânia como mais consolidados e que já ocuparam o cargo de senador?

Não. Acho que tem muita gente que quer realmente me apoiar, mas tem muita gente que tem outro compromisso e como são dois votos, está me apoiando no segundo voto.

O senhor definiu o cenário eleitoral como uma “salada”, que o senhor também está inserido, já foi candidato duas vezes da oposição às gestões tucanas, mas em 2016 o senhor se uniu ao PSDB para ir contra Iris Rezende. Como o senhor explica pro eleitor essa definição? 

Graças a Deus, sempre fui respeitado pelas posições políticas que tomei e o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã. Se pegarmos por exemplo a eleição de 2010, disputei com Iris Rezende Machado e Marconi Perillo e, no segundo turno, fui apoiar Iris Rezende Machado. E em 2014 vim disputar novamente contra ele. Em 2016 candidatei em Goiânia e tive o apoio do PSDB e de grandes partidos da base que vieram nos apoiar. Nessas eleições agora nós somos adversários políticos, no caso do PSDB, mas não inimigos políticos. 

Isso não fica confuso pro eleitor?

Não, disse e você pode observar que o eleitor está observando projetos e ações. Vamos pegar por base o ano de 2014 em que Ronaldo Caiado saiu candidato ao Senado e foi pegar apoio do MDB que ele combateu durante muitos anos, e foi eleito com o apoio do MDB. Então acho que o eleitor vai avaliar muito bem isso aí entendendo o momento. O eleitor está observando a história do candidato. E acho que o eleitor olha muito a postura também, eu sou de projetos e estou ao lado do Daniel Vilela porque acho que ele é o melhor projeto para Goiás.

O senhor é considerado um político municipalista e teve um atraso no início de campanha, causada pela tardia decisão do PP em quem apoiar. Como vai ser a campanha daqui para frente, o diálogo com os municípios? 

Sou tido como um candidato municipalista porque fui prefeito e fui presidente de Associação de Prefeitos, e na época nós defendíamos as bandeiras do municipalismo, o Pacto Federativo – que muitos as vezes não entende e se discute muito em época de eleição, passa as eleições e todo mundo esquece. O problema está no município. O prefeito tem que resolver problemas de saúde, de educação, infraestrutura, geração de emprego e renda e segurança. Então defendo que tenha verba específica para ser repassada aos municípios para que os prefeitos façam a segurança. 

Mas aí os prefeitos podem fazer o quê? 

O prefeito vai fazer de acordo com o que ele quiser para a sua própria segurança, que pode ser investimento maciço na guarda municipal, serviços de inteligência, patrulha rural, uma série de ações que podem ser feitas se tiver o recurso, inclusive no banco de horas das Polícia Militar e Civil. Defendo também que haja essa melhor distribuição.

O senhor possui carreira polícia no âmbito do Executivo, o que o senhor propõe no Senado? 

Vou defender no Senado algo que não seja apenas um revisor de leis. A verdadeira reforma que precisamos é a reforma tributária, que acaba com o dinheiro do trabalhador. Muitas coisas têm que mudar, são inúmeros impostos, como PIS, COFINS, ICMS, IPI. Vamos juntar em apenas um, como é em vários países. Isso tem que mudar. Carga tributária alta tira dinheiro do trabalhador e faz com que aqueles que geram renda deixem de fazer investimentos.  

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