Caiado, o contrapeso de Pellozo em Senador Canedo
O prefeito de Senador Canedo tem conseguido, com apoio de Caiado, uma consolidação ao projeto de reeleição
Por: Yago Sales
Poucos prefeitos, dos 246, têm tanto prestígio com o governador Ronaldo Caiado quanto o de Senador Canedo, Fernando Pellozo. E, ante às últimas demonstrações de Caiado, Pellozo ganha ainda mais força para o projeto que o impulsiona: a reeleição no pleito do ano que vem.
Jovem, é considerado pela alta cúpula caiadista como “homem de palavra”, Pellozo deixou o PSD há pouco tempo e ingressou no União Brasil de Ronaldo Caiado. Foi a chance de ficar mais próximo ao homem mais importante, atualmente, da política goiana.
A aproximação tem a ver com a lealdade com que Pellozo conduziu-se durante a campanha de reeleição de Ronaldo Caiado em 2022, quando o apoio incondicionalmente, seguindo a linha adotada pelo partido na pessoa do seu presidente, Vilmar Rocha. Rocha, inclusive, foi um dos candidatos da tríade avulsa formada sob a chapa de Caiado.
Para isso, Pelloso teve de dar um passo adiante do seu padrinho político em Senador Canedo: o senador Vanderlan Cardoso. O veterano de seis disputas – de prefeito eleito uma vez de Senador Canedo e quatro derrotas, sendo duas ao Paço e duas ao Palácio das Esmeraldas – decidiu não apoiar o projeto de Caiado.
Insatisfeito com a escolha de Daniel Vilela, o jovem presidente do MDB, para vice-governador, Vanderlan optou pelo apoio à chapa bolsonarista pura composta pelo então deputado federal major Victor Hugo (ex-líder de Jair Bolsonaro na Câmara Federal) . Indicou, inclusive, a mulher, Izaura Cardoso, para a 1° suplência de Wilder Morais – que foi eleito à única vaga do pleito.
Certamente a decisão de seguir junto com Caiado classificou Pelloso para se tornar um homem de confiança, de quem Caiado, como se diz nos bastidores, não abrirá Certamente a decisão de seguir junto com Caiado classificou Pelloso para se tornar um homem de confiança, de quem Caiado, como se diz nos bastidores, não abrirá mão de subir ao palanque e ajudá-lo a chegar, em outubro do ano que vem, vitorioso.
Com isso, enfraquecendo alguns nomes que se multiplicam à medida que o prefeito vai enfrentando algumas dificuldades comuns às administrações municipais.
Ainda é uma incógnita se Vanderlan vai engolir a ida de Pellozo ao União Brasil, mesmo que o prefeito soubesse que seu padrinho, lá de um passado recente, presidiria o partido e apoiá-lo em 2024.
Por isso, há uma corrente no município que acredita que Izaura possa enfrentar o candidato de Caiado na cidade. Existe um empecilho: o nome de Izaura seria vetado caso Vanderlan fosse candidato do PSD à prefeitura de Goiânia, o que não está descartado.
Além dela, existem outros nomes, como o da ex-primeira dama Eliete Gonçalves. E tem um que, embora tenha popularidade, pode ter problemas com documentação: Divino Lemes (PDT).
