Goiás deve ficar distante da sucessão das presidências da Câmara e Senado

Arthur Lira e Rodrigo Pacheco articulam os sucessores; na Casa Alta, o favorito é Davi Alcolumbre

Postado em: 18-10-2023 às 07h00
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiás deve ficar distante da sucessão das presidências da Câmara e Senado
No Senado, Jorge Kajuru (PSB) afirma que nenhum goiano tem qualquer chance | Foto: Arquivo ABr

Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixarão os cargos em fevereiro de 2025. Apesar da distância, os políticos já trabalham para formação de sucessores no cargo. Goiás, que está fora das listas, também não deve ter nome ou protagonistas nas disputas.

No Senado, Jorge Kajuru (PSB) afirma que nenhum goiano tem qualquer chance. De fato, ele diz que ninguém é páreo para Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) neste momento.

Alcolumbre, vale dizer, já foi presidente do Senado e hoje lidera a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Alta, colegiado mais importante do Senado. Ele conta com o apoio do próprio Rodrigo Pacheco.

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Segundo Kajuru, ele já tem maioria de votos. “Hoje, Alcolumbre tem 46 votos [dos 81]. Não tem jeito de ganhar dele”, revela. O goiano chegou a se colocar como pré-candidato, neste ano, mas recuou. Ele, que é vice-líder do governo Lula (PT), crê que Vanderlan Cardoso (PSD) e Wilder Morais (PL) tenham ainda menos chances e interesse.

É preciso dizer, Pacheco pode disputar o governo de Minas Gerais em 2026. Ele chegou a ser cotado para concorrer à presidência, em 2022, mas desistiu da ideia. Sobre o Executivo mineiro, o próprio presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, crê na possibilidade.

Vale citar, governador de Minas, Romeu Zema (Novo), foi reeleito em 2022. Assim, em 2026 o campo estará aberto para novas apostas. Pacheco pode entrar nessa.

Há, ainda, outra possibilidade. Pacheco já deu sinais de que pode se dedicar ao Direito ao fim do mandato. Caso o presidente Lula indique Bruno Dantas, hoje presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele pode ser cotado para o TCU. 

Câmara

Já na Câmara, Lira discute apoio a dois nomes: os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Eles representam o chamado Centrão.

Em relação a escolha do presidente para sucedê-lo, o deputado federal por Goiás, Zacharias Calil (União Brasil), acredita que a pauta será amplamente debatida pelo União Brasil, que deve conversar com a bancada goiana – ele e Silvye Alves – “no momento certo”. “O debate está muito no início, ainda, girando em torno dos dois presidentes e alguns pretensos candidatos. Não chegou, ainda, ao nível dos partidos e das bancadas dos estados.”

O presidente do parlamento federal pode tentar o Senado, em 2026, seguindo o pai, Benedito Lira. Em 2025, ele também poderia ocupar um ministério de Lula – uma vez que costurou a entrada do PP no governo -, ou uma Comissão importante na Casa.

“Prezo o seguinte lema: pode perder o poder [depois de deixar a presidência da Câmara], mas não pode deixar de ter influência. Rodrigo Maia, hoje, não tem o poder da presidência, mas goza de muita influência. É representante dos bancos. Fez muitos relacionamentos”, disse ao O Globo.

Sobre o ex-presidente Rodrigo Maia, hoje ele preside a Confederação das Instituições Financeiras. Ele esteve no comando daquele parlamento de julho de 2016 e fevereiro de 2021.

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