A missão do PP, MDB e UB para mostrar a força de Caiado em 2024

Trio de partidos têm caminhado, mesmo com certas dificuldades, em sintonia em busca da unanimidade em cidades goianas

Postado em: 19-10-2023 às 07h30
Por: Yago Sales
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A ideia do trio é o fortalecimento da política regional, em diversos municípios, com o intuito de promover estratégias mirando a eleição de 2026 | Foto: Secom

A menos de um ano, no dia 6 de outubro de 2024, lideranças político-partidárias vão estar afoitas ou borocoxô com com vitórias, invariavelmente, derrotas nas urnas em todos os 246 municípios goianos – ou nos 5.565 brasileiros. 

Vão ser eleitos prefeitos – e seus vices – e vereadores, mesmo que tenham ocorrido eleições complementares, aqueles tampões por alguma causa – por destituição, impeachment, renúncia ou qualquer outra coisa que cause problemas com a chapa. 

Para que o caminho seja o da vitória, também de olho logo ali, em 2026, é preciso encontrar um meio-termo entre os bambambãs, os cabeças de algumas das 30 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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Por isso, é consenso: há um namoro saudável entre três das legendas mais interligadas no que tange à administração estadual sob o governador Ronaldo Caiado, dirigida pelos seguintes: União Brasil, pelo próprio Caiado; MDB, pelo vice-governador Daniel Vilela; e PP, do presidente da Agehab, Alexandre Baldy. 

A ideia do trio é o fortalecimento da política regional, em diversos municípios, com o intuito de promover estratégias mirando a eleição de 2026. Vale lembrar que, por ora – já que política é tão, tão, mas tão imprevisível – Daniel vai ser o nome da base governista para concorrer ao Palácio das Esmeraldas. 

E, nessa vibe, tem sido discutida a ida de Caiado para um front que extrapola os 340.086 km² da extensão territorial de Goiás. Caiado pode ser uma aposta da direita, órfãos de Jair Bolsonaro, na briga pela confiança de muitos milhões de brasileiros e, com isso, chegar ao Planalto Central daqui a pouco menos de quatro anos. 

Como já foi publicado no jornal O Hoje recentemente, é estratégia mais que acertada, que MDB e União Brasil caminhem juntos no pleito do ano que vem. Intercalando em alguns municípios a cabeça de chapa. Um município, contudo, por exemplo, ainda é uma incógnita: como vai ser possível uma aproximação entre MDB e PP? Ou é possível afirmar que, com a saída de Roberto Naves do PP – e sua ida imediata à alta cúpula do Republicanos – dê algum sinal positivo. Afinal, Naves tinha motivos de sobra para não ter lá qualquer simpatia pelo principal nome do MDB anapolino, que, inclusive, chegou a disputar eleição municipal da cidade: Márcio Corrêa, que, recentemente, assumiu, por pouco tempo, a vaga de Célio Silveira na Câmara dos Deputados. 

Em Anápolis, uma das cidades mais importantes do Estado, com seu Porto Seco, indústrias e afins, o trio partidário tem a missão de colocar o Partido dos Trabalhadores debaixo do tapete. O deputado estadual Antônio Gomide, embora ainda mantenha uma modéstia sobre sua candidatura – para evitar uma fritura, como alguns observadores o lêem -, é o nome quase definitivo para recuperar o cargo político mais importante do município. 

A chegada de Naves ao Republicanos mostra, outra vez, mais uma força ao grupo da base do governador Ronaldo Caiado na cidade. Sem esquecer do PL do senador Wilder Morais. É bom ressaltar mais e mais que a prioridade dessa ala à direita, muitos dos quais umbilicalmente ligados ao bolsonarismo, é de derrotar o Partido dos Trabalhadores, o que daria mais força ao petismo, atualmente na Presidência da República. 

Esta derrota pode significar uma fraqueza de Caiado. Afinal, o político, como já relatado nos parágrafos acima, quer ser presidente do Brasil. E, perder a eleição, na sua cidade natural, onde demonstra ter influência, pode dar maus sinais às expectativas de lideranças nacionais.

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