Wilder Morais (DEM): “Melhor pesquisa é ser recebido pelo povo”

Senador e candidato à reeleição, disse que nos últimos seis anos fez um trabalho silencioso, mas eficaz, a todos os municípios goianos

Postado em: 04-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Senador e candidato à reeleição, disse que nos últimos seis anos fez um trabalho silencioso, mas eficaz, a todos os municípios goianos

Lucas de Godoi e Rubens Salomão*

Senador e candidato à reeleição, Wilder Morais (DEM),  disse que nos últimos seis anos fez um trabalho silencioso, mas eficaz, a todos os municípios goianos. Ele aposta que a população vai compreender os benefícios de seu mandato, principalmente pelo trabalho em prol da saúde e educação, como a criação de uma biblioteca em seu gabinete parlamentar, em Goiânia e a utilização de verba publicitária para a produção de livros didáticos. O senador ainda ressaltou os projetos que defendeu no Senado, como a elaboração de Lei em benefício das universidades e o voto a favor da aprovação da matéria que estabelece o teto de gastos públicos.

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O senhor é um candidato que já está no exercício do mandato. Porque o senhor espera ter mais oito anos no Senado?

Estou há seis anos no Senado, depois que assumi a vaga como suplente. Não tem nenhuma cidade de Goiás que não ajudei, todos os 246 municípios de Goiás eu trabalhei por eles de modo silencioso, dentro do meu estilo empresarial, levando muitos recursos para a Saúde. Ajudei muito os hospitais de Aparecida de Goiânia, Águas Lindas, Uruaçu, Rio Verde e Palmeiras,isso sem contar o que aumentei de custeio para mais de 117 cidades. Assim fiz também na área da educação. Sou autor da criação das duas universidades federais de Catalão e Jataí, além de aumentar o crédito estudantil de  R$ 800 milhões para R$ 8 bilhões.

O senhor tem apontado que trabalhou muito nesse tempo, mas não foi muito silencioso? 

Acho que o momento é agora, a oportunidade de falar com a imprensa e mostrar o que a gente fez nesses seis anos. Acho que o meu silencioso foi tão efetivo que transformei a minha verba de gabinete para publicidade em livros que distribui nos últimos cinco anos, cerca de 1,5 milhão para todos os estudantes de Goiás. Para você ter ideia do quando fui obcecado por essa questão da educação, transformei o meu gabinete em Goiânia numa biblioteca, que estudam dezenas e dezenas de estudantes, porque como estudei só em escola pública, tenho essa missão de dar oportunidade às pessoas. 

A campanha do senhor tem focado no histórico de emendas enviadas. E quanto ao legado parlamentar? 

Sou autor e relator de mais de 200 projetos apresentados nesses seis anos.Sou um dos poucos parlamentares que tiveram leis aprovadas nesses seis anos, porque vocês sabem que é muito difícil aprovar um projeto de lei no Senado Federal. E tenho um projeto importante ligado à área da educação, que incentiva a parceria das universidades federais com a iniciativa privada. Nós já estamos gerando muita receita de pesquisa e incentivando os jovens a pesquisar. O projeto tem ajudado a desenvolver parceria entre a iniciativa privada e as universidades, que hoje tem os melhores laboratórios, grandes profissionais com mestrado e doutorado e que não estavam à disposição da sociedade.

O senhor se posiciona na defesa da educação, mas muito se fala no sucateamento das universidades públicas. Como resultado recente, da falta de dinheiro, o incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, por falta de investimento em manutenção. Na visão do senhor, o que falta?

Se esse projeto nosso tivesse sido implantado a tempo, teríamos resgatado o que aconteceu no Rio de Janeiro. Nós temos uma demanda muito alta por recursos e o governo federal não tem repassado paras as universidades federais e também aqui no caso de Goiás, para as universidades estaduais. Não tem como ter qualidade na educação sem realinhar o salário dos professores, sem motivar o investimento. Desde que cheguei no Senado, tenho defendido muito e acho que a transformação que teremos do nosso povo é investir na educação.

Como o senhor votou na PEC dos gastos, que restringe os gastos públicos em saúde e educação?

Isso não é verdade, os recursos da educação estão sendo mantidos, inclusive o teto de gastos é importante, porque se gastou muito no passado e por isso temos essa crise hoje.Não tinha limite de gastos e todo ano nós convocávamos o Congresso para votar de novo o déficit que o país poderia ter. Então o teto de gastos foi importante e todos os governantes têm que entregar um governo com as suas contas saneadas. 

O senhor fala em buscar recursos, mas buscar onde, já que o governo federal diz que as contas não fecham?

Hoje nós temos uma porcentagem descrita na Constituição para saúde e educação, esses direitos já estão garantidos. O que temos que fazer é aumentar essa porcentagem, porque o volume de gastos está abaixo do necessário.

O que é defendido pela Constituição é realmente aplicado? E se sim, qual a gestão que precisa ser feita? 

Hoje o governo precisa aumentar, porque os municípios têm investido até mais do que o governo federal. O que precisamos fazer é uma reforma tributária, onde a gente possa aliviar uma carga das pessoas de todo o comércio e de toda a indústria para que possamos gerar mais emprego e automaticamente gerarmos um ganho de volume de produção, o que não estamos fazendo hoje. Precisamos aumentar os investimentos que não estão acontecendo.

Como o senhor avalia a campanha até agora? Nas pesquisas realizadas o senhor está com poucos pontos. 

Estamos começando a campanha agora e temos pesquisas internas que apontam que estamos crescendo muito e nos próximos dias vocês vão se surpreender com as pesquisas que estão sendo feitas. E também a formação de chapa. Nosso candidato Ronaldo Caiado tem acima de 40 pontos e com certeza os candidatos ao Senado da chapa dele caminham junto. Não tem pesquisa melhor do que ser recebido pelo povo nas cidades que temos passado. 

Existem críticas sobre a fiscalização das emendas enviadas aos municípios. Existe essa gestão do dinheiro aplicado às cidades? 

Meu gabinete parece uma romaria, tenho uma estrutura bem montada. Nós não só colocamos a emenda, como acompanhamos e ajudamos muito os prefeitos, acompanhamos o trabalho. O único gabinete que acompanha é o nosso. 

O senhor está à vontade no DEM, na oposição?

Estou muito à vontade.Era do DEM e tive sim muita honra de ficar dois anos no PP, onde conquistei amigos. Estou à vontade, até porque o eleitor não está preocupado com o partido que o candidato está e sim na forma que pode mudar a vida dele. Trabalhei quieto e por isso tenho resultados. Sou do estilo primeiro faz, depois conta. (* Especial para O Hoje) 

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