Rede de ensino público de Anápolis supera metas do IDEB
De acordo com dados do MEC, o ensino fundamental público anapolino já superou a meta estipulada no IDEB para 2021
Por: Fabianne Salazar
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Rafael Oliveira*
A rede municipal de ensino público de Anápolis já superou a meta de qualidade projetada para 2021, pelo Ministério da Educação, para os anos iniciais do ensino fundamental – 1ª a 5º ano -, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com antecedência de quatro anos, a nota alcançada foi 6,3, acima da média estipulada para o começo da próxima década, que era 6,2 pontos. Ainda de acordo com os dados divulgados na semana passada pelo Governo Federal, a meta de 5,1 para 2017 foi alcançada em 2013, quando a rede pública atingiu 5,3 pontos nos cálculos do IDEB, referente aos anos finais do ensino fundamental.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Alex Martins, o índice positivo reflete o compromisso da gestão municipal e a dedicação de milhares de profissionais no processo de ensino e aprendizagem. “Tivemos avanço considerável quanto ao índice dos anos iniciais do Ensino Fundamental, e esse avanço é resultado da soma de diversos fatores que influenciam no processo de ensino/aprendizagem, tais como investimentos estruturais, formação continuada dos professores e participação das famílias no contexto escolar”, avalia Alex Martins.
O Ideb, criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), tem como objetivo medir a qualidade do aprendizado no país e estabelecer metas para melhoria do ensino. A escala de pontuação é de zero a dez. Em Anápolis, a evolução é significativa. As metas foram superadas em 2009 e em 2011, quando o estimado era 4,5 e 4,9, e alcançou-se notas 4,8 e 5,2, respectivamente. Em 2013, o desempenho obtido – 5,6 – foi exatamente o esperado.
A rede conseguiu atingir a meta de qualidade estipulada também no ano de 2015, que era de 5,4 anos iniciais – e 4,8 pontos – anos finais. Atualmente, a rede municipal pública de ensino possui 101 unidades – entre escolas de Ensino Fundamental (a partir de 6 anos) e Centros Municipais de Educação Infantil (atendimento a crianças de zero a cinco anos) – alguns mantidos em convênio. São mais de 35 mil alunos matriculados. (*Especial para O Hoje)
PGR pede esclarecimentos a Bolsonaro sobre frase “fuzilar petralhas”
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ontem, em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro apresente esclarecimentos sobre um discurso de campanha feito na semana passada, no Acre, no qual usou as expressões “vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre” e “vão ter que comer capim”.
O pronunciamento da PGR decorre da representação criminal ajuizada na última segunda-feira (3) pela coligação Povo Feliz de Novo, formada por PT, PCdoB e PROS, contra o candidato do PSL pelos crimes de injúria, ameaça e incitação ao crime.
Na mesma manifestação, motivada por um pedido do ministro Ricardo Lewandowski, relator da representação do PT, Raquel Dodge descartou que Bolsonaro tenha cometido o crime de injúria eleitoral, mas diz que continua a analisar a existência de ameaça e incitação ao crime.
Injúria eleitoral
“No trecho de discurso acima transcrito, não há referência a pessoas. Personificar ‘petralhada’, expressão usada pelo noticiado, configura elastecimento da responsabilidade penal por analogia ou por extensão, o que é absolutamente incompatível com o direito penal”, afirmou a procuradora.
No entanto, Raquel Dodge pediu que o candidato se manifeste sobre as acusações feitas pelo PT de que também teria cometido os crimes de ameaça e incitação ao crime.
“Considero tratar-se de hipótese de rejeição liminar da representação sob o ângulo da injúria. Em relação aos demais crimes noticiados na representação, para compreender o contexto e a extensão das declarações, solicito abertura de prazo para que o parlamentar representado esclareça os fatos”, argumentou. (Agência Brasil)