Desirée Penalba (Democratas): “É preciso acabar com privilégios”

A deputada estadual diz que entrou na disputa movida basicamente pelo sentimento de insatisfação da sociedade com os serviços prestados

Postado em: 06-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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A deputada estadual diz que entrou na disputa movida basicamente pelo sentimento de insatisfação da sociedade com os serviços prestados

Rafael Oliveira e Rubens Salomão*

A candidata pelo Democratas a deputada estadual, Desirée Penalba diz que entrou na disputa movida basicamente pelo sentimento de insatisfação da sociedade com os serviços prestados. Como propostas, pretende acabar com as mordomias dos parlamentares na Assembleia Legislativa e fiscalizar de perto os recursos do Estado para garantir que o dinheiro chegue à sua finalidade e não se perca no caminho. 

O que a senhora apresenta como propostas ao cidadão nessa disputa à Assembleia Legislativa?

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Primeira questão é acabar com os privilégios. As pessoas não aguentam mais que o desvio de dinheiro aconteça nessa proporção. O dinheiro não vai parar onde precisa, como  Saúde, Educação e Segurança. O dinheiro está indo para custear as mordomias de políticos e os altos escalões dos Tribunais de Justiça. Mas sempre falo que a minha motivação para participar da política é essa revolta que toma conta do coração dos brasileiros. Por isso, decidimos criar um movimento chamado “A Revolta do Pequi”.

Conta para nossos leitores um pouco da sua biografia. Qual é a história da Desiree até chegar nessa candidatura?

Eu sou advogada e trabalhava no Sebrae quando aconteceu a crise econômica no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Eu fiquei assustada com a situação e decidi estudar Economia. Me apaixonei pela matéria e fiz um mestrado na área. Então decidi me candidatar a vereadora em Goiânia na eleição de 2016 sem padrinho político, sem dinheiro para campanha e sem estrutura. A campanha foi ótima e tivemos uma votação expressiva beirando os dois mil votos e fui a segunda mais votada da coligação e fiquei como primeira suplente. 

O que a senhora tem de estrutura para a campanha a deputada estadual? 

A minha estrutura é bem enxuta. A gente não está usando o “toma lá, dá cá”, que normalmente dá mais repercussão e traz mais recursos para as campanhas. Tenho uma sede que fica no Setor Marista, onde recebemos as pessoas para conversarmos sobre o que pode ser feito na política atual e sobre Ciência Política e Economia. A gente tem muita gente voluntária dando o sangue por acreditar na causa mesmo. A minha estrutura é uma casa com um sofá e um tapete e alguns livros que as pessoas doaram. Geralmente, as pessoas que se aproximam da política atualmente esperam alguma coisa em troca, desde um emprego ou um benefício fiscal, uma conta de luz paga. Entendo que não queremos criar dependentes de políticos, mas sim protagonistas. 

A senhora vai buscar voto fora de Goiânia? 

A maioria das pessoas que a gente conhece é de Goiânia, mas a internet está aí para mostrar que não podemos ter limitação geográfica. Temos regiões onde tenho laço familiar e me ajudam, alguns amigos do interior também me ajudam, mas nosso principal foco é Goiânia onde as pessoas tem essa vontade de perceber uma política diferente. Em Goiânia aconteceu a maior parte das manifestações de rua, isso significa que a capital concentra a maior parte de pessoas incomodadas e querem uma mudança de verdade. Eu falo que hoje os políticos acabam criando uma casta de privilegiados para favorecer um grupo em detrimento dos demais. O político não é mais especial que as outras e por isso entendemos que não dá para ficar sustentando esse pessoal só por existir uma hierarquia social. 

Como essas ideias vão se transformar em projetos na Assembleia Legislativa? 

A gente tem a pretensão de fazer uma comissão para revogar leis absurdas que atrapalham a vida do empreendedor. Eu sei o sofrimento deles de tentar gerar emprego e renda e ainda ter que pagar um monte de taxas de alvará e um monte de coisa que é muito complexo. O meu objetivo é fiscalizar o recurso de forma bem feita para explicar a população de onde vem esse recurso e para onde vai. Falar em Tribunal de Contas e fiscalização é uma piada porque, basicamente, os tribunais de conta são movidos por interesse político. O despreparo dos políticos é tão grande que eles perdem verba por desconhecimento da Lei e como se processa o trâmite legal de repasse de verba. (*Especial para o Hoje) 

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