Bolsonaro queria esconder investigados pela PF no Alvorada, delata Cid

De acordo com Cid, o ex-presidente esconderia suspeitos de ataques às instituições democráticas

Postado em: 31-10-2023 às 15h40
Por: Luan Monteiro
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e acordo com Cid, o ex-presidente esconderia suspeitos de ataques às instituições democráticas. | Foto: Agência Brasil

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronal Mauro Cid, afirmou, em delação, que durante seu governo, Bolsonaro queria esconder investigados pela Polícia Federal (PF) no Palácio da Alvorada para impedir que fossem presos. De acordo com Cid, o ex-presidente esconderia suspeitos de ataques às instituições democráticas, um deles sendo o influencer bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que fugiu para o Paraguai.

O tenente-coronel afirmou que Bolsonaro chegou a determinar que Eustáquio ficasse escondido na residência oficial, para evitar sua prisão. A defesa de Bolsonaro nega as acusações.

Cid também informou que o ex-presidente discutiu tomar a mesma iniciativa em relação ao youtuber Bismark Fugazza.

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Segundo a delação, Cid foi quem dissuadiu Bolsonaro da ideia, afirmando que isso poderia acarretar problemas sérios perante o STF.

Tanto Eustáquio quanto Fugazza foram alvos de ordens de prisão expedidas no fim de dezembro pelo ministro Alexandre de Moraes. Eles fugiram para o Paraguai para escapar da justiça. Fugazaz foi preso pela polícia paraguaia, mas Eustáquio pediu refúgio e escapou da ordem de prisão.

A delação premiada de Mauro Cid foi assinada com a Polícia Federal e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no início de setembro. Ele estava preso desde maio, por suspeitas de fraudes em certificados de vacina, e foi solto após a homologação do acordo.

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