Presidenciáveis e OAB condenam atentado contra Bolsonaro

Candidato a presidente pelo PSL recebeu facada durante ato de campanha em Juiz de Fora

Postado em: 06-09-2018 às 17h05
Por: Lucas de Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidenciáveis e OAB condenam atentado contra Bolsonaro
Candidato a presidente pelo PSL recebeu facada durante ato de campanha em Juiz de Fora

Os principais candidatos à Presidência da República se
manifestaram nesta quinta-feira (6) condenando o ataque sofrido por Jair
Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora. Bolsonaro foi atingido por uma facada, segundo
a Polícia Militar, durante um ato de campanha.

Segundo a família, ele sofreu ferimentos superficiais e foi
atendido na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.

Continua após a publicidade

Ciro Gomes, que estava em campanha em Pernambuco,
classificou o episódio como “barbárie” em seu perfil no Twitter: “Acabo
de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o Deputado Jair
Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem
politica, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades
identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie”, disse o
candidato.

Fernando Haddad (PT) também repudiou o episódio durante um
encontro do Congresso em Foco.

João Amoedo (Novo) disse que o que aconteceu é
“inacreditável e lamentável”: “Independentemente de divergências
políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência”, disse Amoedo.
“Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o
candidato.”

Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que “a violência não se
justifica, não pode tomar o lugar do debate político”: “Repudiamos
toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato”, disse
Boulos.

Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que “política se faz com
diálogo e convencimento, jamais com ódio” e disse esperar que o candidato
se recupere rapidamente: “Qualquer ato de violência é deplorável.
Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja
rápida, e a punição, exemplar”, afirmou.

Alvaro Dias afirmou que repudia toda e qualquer agressão e
disse que “por isso a violência nunca deve ser estimulada”: “Eu
não estimulo”, afirmou.

A candidata da Rede, Marina Silva, soltou uma nota sobre o
episódio, que disse ser um “duplo atentato: contra sua integridade física
e contra a democracia”: “A violência contra o candidato Jair
Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade
física e contra a democracia. Neste momento difícil que atravessa o Brasil, é
preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida
democrática e institucional do nosso País. Este atentado deve ser investigado e
punido com todo rigor. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da
violência como manifestação política”, diz a nota.

Entidades condenam o
episódio

A Ordem dos Advogados do Brasil também manifestou repúdio ao
ato de violência.

“A democracia não comporta esse tipo de situação. A
realização das eleições em ambiente saudável depende da serenidade das
instituições e militantes políticos. O processo eleitoral não pode ser usado
para enfraquecer a democracia. Neste momento, cabe a reflexão a respeito do
momento marcado por extremismos, por discursos de ódio e apologia à violência.
Tudo isso apenas estimula mais violência, numa situação que prejudica a todos.A
OAB acompanha atenta o desdobramento desse fato. É preciso que todas as forças
políticas possam participar do pleito e que os eleitores tenham assegurado o
direito à livre escolha”, diz a nota, assinada pelo presidente nacional da
entidade, Claudio Lamachia.

Presidente

O presidente Michel Temer classificou como
“intolerável” o ataque sofrido nesta quinta-feira (6) pelo candidato.
“Isto revela algo que nós devemos nos conscientizar porque é intolerável
exatamente a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. É intolerável
que as pessoas falseiem dados durante campanha eleitoral. É intolerável que nós
vivamos num estado democrático de direito que não haja possibilidade de uma
campanha tranquila, de uma campanha em que as pessoas vão e apresentem os seus
projetos, porque ninguém vota em candidato”, declarou Temer durante
cerimônia no Palácio do Planalto.

Segundo Temer, o episódio é “triste” e
“lamentável”. “Se Deus quiser o candidato Bolsonaro passará bem,
temos certeza que não haverá nada mais grave, esperamos que não haja nada mais
grave”.

“Que sirva de exemplo para que as pessoas que hoje
estão fazendo campanha percebam que a tolerância é uma derivação da própria democracia,
é a derivação do chamado estado de direito. Nós não temos estado de direito se
houver intolerância. E intolerância muitas e muitas vezes deriva exata a
precisamente da falta de cumprimento do texto legal, de falta de cumprimento da
Constituição Brasileira”, disse Temer.

Goiás

Por meio de nota, o governador de Goiás, José Eliton, se pronunciou:

“Assisti estarrecido nas redes sociais o atentado na tarde de hoje contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro. É uma gravíssima ação contra a democracia brasileira que, independente de suas motivações, deve ser esclarecida de forma rápida e os envolvidos punidos de forma exemplar pela Justiça. 
O Brasil precisa de paz, de unidade, para superar suas dificuldades e vencer seus desafios. Não podemos tolerar o radicalismo, o ódio, a violência e as agressões físicas ou verbais. Precisamos respeitar as diferenças de opiniões e de pensamentos, para que a democracia se fortaleça cada vez mais no nosso País.
Há dois anos fui alvo também de um atentado político, em Itumbiara, fatal para o nosso querido e saudoso prefeito José Gomes e para o policial militar Vanilson. Sei muito bem o que é ser vítima do ódio e da intolerância e o efeito das suas consequências. Faço orações para o reestabelecimento mais rápido possível do candidato Bolsonaro para que, de forma democrática, possa continuar com a sua campanha eleitoral.”

(Com informações da BBC e do G1)

Veja Também