“O Legislativo é oneroso e pouco produtivo”

Rafael Oliveira Rubens Salomão*Continua após a publicidade Candidato a um segundo mandato na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wagner Siqueira diz que

Postado em: 08-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Rafael Oliveira

Rubens Salomão*

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Candidato a um segundo mandato na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wagner Siqueira diz que sempre teve intenção de ser deputado do governo, mas perdeu a disputa de 2014, com Iris Rezende, e cumpriu o papel de opositor no Legislativo. Agora ele tenta ser governo defendendo a candidatura de Daniel Vilela ao Palácio das Esmeraldas. Mas avisa que, mesmo se for situação, não deixará o papel de fiscalizar. Segundo ele, a proposta do governadoriável de seu partido, caso seja eleito, é aprovar um projeto para reestruturar e cortar despesas da Assembleia. Para Wagner, “o Poder Legislativo hoje é demasiadamente oneroso e muito pouco produtivo”.

Você está cumprindo o segundo mandato. O que não deu para fazer, que o senhor pretende realizar em um eventual novo mandato?

A minha intenção sempre foi ser deputado do governo, infelizmente fui conduzido à oposição, o meu candidato a governador foi o Iris e ele perdeu a eleição, e cumpri com meu papel de oposição, que é fiscalizar, checar as contas, conseguimos vitórias como a questão do emplacamento e vários projetos de lei que despertamos muitas vezes através da imprensa e conseguimos com a comoção da sociedade que o governo retirasse aquelas pautas. Então eu cumpri a minha missão. 

Para votação a oposição teve uma situação difícil nessa magistratura.

Sim, a gente tem apenas 25% dos votos, então a única opção que a gente tem e de envolver através da imprensa a sociedade para que ela faça pressão popular parao governo retirar. O ruim é quando a população vota no deputado e o candidato a governador perde a eleição e ele migra para a base do governo, e não cumpre a sua missão de oposição. O que difere uma ditadura da democracia é a presença da oposição. Hoje quero ser deputado de situação.

Caso Daniel Vilela vença e o senhor se torne um deputado da situação, vai parar de fiscalizar as contas e questionar projetos que na visão do senhor possam ser prejudiciais para o Estado?

Não. Vamos tentar fazer o convencimento da Assembleia, primeiro porque o Daniel tem uma ideia de que a Assembleia tem que mudar, o Poder Legislativo hoje é demasiadamente oneroso e muito pouco produtivo. O Daniel tem um projeto e quer fazer uma base, conversar com os deputados para que a Assembleia deixe de ser esse gigante e tenha esse tanto de funcionários, para enxugar. Como deputado de situação, o meu trabalho vai ser fazer o convencimento dos colegas para que nos ajude a fazer isso. 

Esse é um ponto rejeitado pela população.Como mudar a tradição política de uma hora para outra?

O MDB vai deixar de fazer isso. O novo MDB de agora é o partido do novo Brasil. O Brasil de 20 anos atrás não conhecia presidente, senadores e deputados na cadeia, hoje o Brasil conhece. Eu não vou arrumar vaga para cabo eleitoral na Assembleia, mas vou arrumar vaga no hospital na cidade, arrumar vaga na educação, que é um projeto do Daniel [ocupar os espaços privados]. 

Então o MDB não está prometendo nesta campanha emprego para ninguém? 

A gente tem que buscar o Brasil que queremos, temos que fazer a política do Brasil que eu quero. Aí reconheço que encontramos uma dificuldade, porque hoje todo mundo quer um Brasil transparente. Se você conveniar e ocupar vagas na rede privada, é possível dar solução imediata para os problemas da saúde, vai diminuir o número de ambulâncias nas rodovias. Você tem que fazer gestão eficiente para que o dinheiro sobre. 

O senhor sabe como que funciona a negociação do governo lá dentro. Caso o Daniel vença, o PSDB tem uma tradição de eleger de 20 a 30 deputados. Vai ser possível negociar para fazer essas reformas?

Acho que o governo que chega em um momento que está difícil demais para falar de política, com aprovação popular, que envolva, se o deputado tiver clamor popular ele tem que aprovar essas medidas logo no começo. As reformas têm que serem instaladas no começo do governo e o Daniel tem essa vontade e a gente ainda mais, porque acredita em uma campanha de virada, onde estamos conseguindo mostrar para a população que a oposição somos nós. 

Como que o senhor avalia a disputa no governo com Ronaldo Caiado (DEM) liderando as pesquisas, José Eliton (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) empatados? Além disso, o PSDB está há 20 anos no poder por mérito deles e demérito do MDB. O senhor concorda?

É, acho que é muito pequeno não reconhecer os avanços de qualquer governo. Reconhecemos que houveram avanços, agora na democracia não existe nada mais eficiente do que a mudança. Posso defender a mudança daqui oito anos, caso Daniel seja eleito, e guarde esse vídeo para quem sabe daqui oito anos vocês estarem usando.  Eu reconheço que a oxigenação é importante.

Daqui oito anos o senhor pode fazer o discurso de que a mudança está dentro do MDB. Não é um discurso previsível? 

Não, nós estamos pregando um novo tipo de política, vamos mudar os quadros de comando e o Daniel é um cara de 35 anos, uma pessoa que se preparou para isso. Eu acho que é hora da mudança e a mudança é Daniel, somos nós. 

Daniel Vilela tem como principais padrinhos o pai, ex-governador Maguito Vilela, e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Qual o papel de Maguito e Iris na eleição?

Ganha eleição quem chega na frente, não é quem sai na frente. E o vetor das pesquisas é que Daniel está em crescimento. Sobre os padrinhos, penso que bobo e pouco sábio é aquele que não escuta os mais velhos. Mas a trajetória do Daniel não veio do apadrinhamento. (*Especial para O Hoje) 

Rafael Oliveira

Rubens Salomão*

Candidato a um segundo mandato na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wagner Siqueira diz que sempre teve intenção de ser deputado do governo, mas perdeu a disputa de 2014, com Iris Rezende, e cumpriu o papel de opositor no Legislativo. Agora ele tenta ser governo defendendo a candidatura de Daniel Vilela ao Palácio das Esmeraldas. Mas avisa que, mesmo se for situação, não deixará o papel de fiscalizar. Segundo ele, a proposta do governadoriável de seu partido, caso seja eleito, é aprovar um projeto para reestruturar e cortar despesas da Assembleia. Para Wagner, “o Poder Legislativo hoje é demasiadamente oneroso e muito pouco produtivo”.

Você está cumprindo o segundo mandato. O que não deu para fazer, que o senhor pretende realizar em um eventual novo mandato?

A minha intenção sempre foi ser deputado do governo, infelizmente fui conduzido à oposição, o meu candidato a governador foi o Iris e ele perdeu a eleição, e cumpri com meu papel de oposição, que é fiscalizar, checar as contas, conseguimos vitórias como a questão do emplacamento e vários projetos de lei que despertamos muitas vezes através da imprensa e conseguimos com a comoção da sociedade que o governo retirasse aquelas pautas. Então eu cumpri a minha missão. 

Para votação a oposição teve uma situação difícil nessa magistratura.

Sim, a gente tem apenas 25% dos votos, então a única opção que a gente tem e de envolver através da imprensa a sociedade para que ela faça pressão popular parao governo retirar. O ruim é quando a população vota no deputado e o candidato a governador perde a eleição e ele migra para a base do governo, e não cumpre a sua missão de oposição. O que difere uma ditadura da democracia é a presença da oposição. Hoje quero ser deputado de situação.

Caso Daniel Vilela vença e o senhor se torne um deputado da situação, vai parar de fiscalizar as contas e questionar projetos que na visão do senhor possam ser prejudiciais para o Estado?

Não. Vamos tentar fazer o convencimento da Assembleia, primeiro porque o Daniel tem uma ideia de que a Assembleia tem que mudar, o Poder Legislativo hoje é demasiadamente oneroso e muito pouco produtivo. O Daniel tem um projeto e quer fazer uma base, conversar com os deputados para que a Assembleia deixe de ser esse gigante e tenha esse tanto de funcionários, para enxugar. Como deputado de situação, o meu trabalho vai ser fazer o convencimento dos colegas para que nos ajude a fazer isso. 

Esse é um ponto rejeitado pela população.Como mudar a tradição política de uma hora para outra?

O MDB vai deixar de fazer isso. O novo MDB de agora é o partido do novo Brasil. O Brasil de 20 anos atrás não conhecia presidente, senadores e deputados na cadeia, hoje o Brasil conhece. Eu não vou arrumar vaga para cabo eleitoral na Assembleia, mas vou arrumar vaga no hospital na cidade, arrumar vaga na educação, que é um projeto do Daniel [ocupar os espaços privados]. 

Então o MDB não está prometendo nesta campanha emprego para ninguém? 

A gente tem que buscar o Brasil que queremos, temos que fazer a política do Brasil que eu quero. Aí reconheço que encontramos uma dificuldade, porque hoje todo mundo quer um Brasil transparente. Se você conveniar e ocupar vagas na rede privada, é possível dar solução imediata para os problemas da saúde, vai diminuir o número de ambulâncias nas rodovias. Você tem que fazer gestão eficiente para que o dinheiro sobre. 

O senhor sabe como que funciona a negociação do governo lá dentro. Caso o Daniel vença, o PSDB tem uma tradição de eleger de 20 a 30 deputados. Vai ser possível negociar para fazer essas reformas?

Acho que o governo que chega em um momento que está difícil demais para falar de política, com aprovação popular, que envolva, se o deputado tiver clamor popular ele tem que aprovar essas medidas logo no começo. As reformas têm que serem instaladas no começo do governo e o Daniel tem essa vontade e a gente ainda mais, porque acredita em uma campanha de virada, onde estamos conseguindo mostrar para a população que a oposição somos nós. 

Como que o senhor avalia a disputa no governo com Ronaldo Caiado (DEM) liderando as pesquisas, José Eliton (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) empatados? Além disso, o PSDB está há 20 anos no poder por mérito deles e demérito do MDB. O senhor concorda?

É, acho que é muito pequeno não reconhecer os avanços de qualquer governo. Reconhecemos que houveram avanços, agora na democracia não existe nada mais eficiente do que a mudança. Posso defender a mudança daqui oito anos, caso Daniel seja eleito, e guarde esse vídeo para quem sabe daqui oito anos vocês estarem usando.  Eu reconheço que a oxigenação é importante.

Daqui oito anos o senhor pode fazer o discurso de que a mudança está dentro do MDB. Não é um discurso previsível? 

Não, nós estamos pregando um novo tipo de política, vamos mudar os quadros de comando e o Daniel é um cara de 35 anos, uma pessoa que se preparou para isso. Eu acho que é hora da mudança e a mudança é Daniel, somos nós. 

Daniel Vilela tem como principais padrinhos o pai, ex-governador Maguito Vilela, e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende. Qual o papel de Maguito e Iris na eleição?

Ganha eleição quem chega na frente, não é quem sai na frente. E o vetor das pesquisas é que Daniel está em crescimento. Sobre os padrinhos, penso que bobo e pouco sábio é aquele que não escuta os mais velhos. Mas a trajetória do Daniel não veio do apadrinhamento. (*Especial para O Hoje) 

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