“Não estamos preocupados com as exonerações”, diz vereador do bloco Vanguarda

Igor Franco afirma que, na próxima semana, os membros do colegiado se reunirão para definir se permanecerão ou não na base do prefeito, Rogério Cruz (Republicanos)

Postado em: 04-11-2023 às 09h30
Por: Redação
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Líder do grupo, o vereador Igor Franco (Solidariedade) classificou as exonerações como “insignificantes” e disse que só segunda (6) ou terça-feira (7) os membros discutirão o futuro do colegiado, se permanecem ou não na base | Foto: Câmara Municipal de Goiânia

Felipe Cardoso e Francisco Costa

No Diário Oficial do Município (DOM) de quarta-feira (1º), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, exonerou o secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa, Diogo Franco, e outros 165 pessoas que ocupavam cargos no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) por indicação do bloco Vanguarda. Líder do grupo, o vereador Igor Franco (Solidariedade) classificou as exonerações como “insignificantes” e disse que só segunda (6) ou terça-feira (7) os membros discutirão o futuro do colegiado, se permanecem ou não na base.

“Não estamos preocupados com a situação da exoneração. Ninguém precisou do bloco para ter voto. Hoje temos mandato, equipe de gabinete, então estão todos muito tranquilos. [Por causa do feriado] Ainda não sentamos para definir nada. Segunda ou terça vamos conversar. Isso é insignificante”, disse ao Jornal O Hoje. 

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Vale citar, a exoneração ocorre após os embates recentes travados entre os membros do Vanguarda e o presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (Patriota). Além disso, Paulo Magalhães (União Brasil) também teve um embate com o líder do governo, Anselmo Pereira (MDB), nesta semana.

O bloco é formado por Igor Franco, Welton Lemos (Podemos), Markim Goyá (Patriota), Lucas kitão (PSD), Paulo Magalhães (União Brasil) e Gabriela Rodart (PTB). O cargo, vale lembrar, era ocupado por Clécio Alves (Republicanos), que assumiu cadeira como deputado estadual. Recentemente, eles pediram por ofício que houvesse a eleição da 1ª vice-presidência da mesa diretora.

Romário afirmou que não cederia à pressão e declarou que a decisão era do presidente. “Decisão que vou tomar e não serei pautado por aqueles que assim o querem. É direito deles cobrar, mas é direito meu decidir o momento certo de fazer.”

Reforço para o time

Ainda a Igor Franco, questionado se a composição do grupo pode mudar, ele diz que só irá aumentar. “O Vanguarda vai para sete membros. Com a saída de Leo José (eleito pelo PTB, atualmente no Republicanos), entra Bill Guerra (Solidariedade).” 

No último dia 31, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nunes Marques, pediu que o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) cumprisse a decisão para anular os votos da chapa de vereadores do PTB em Goiânia, em 2020. A decisão impacta o mandato de Leo José. A expectativa de Igor é que o TSE comunique o TRE-GO nesta semana e, em 15 dias, ocorra a mudança.

Mas ainda sobre Nunes Marques, em 3 de outubro, o magistrado já havia acatado pedido do PT e decidido pela nulidade de votos da chapa. Além disso, estava incluído o recálculo dos quocientes eleitorais e partidários, além da cassação de registros dos candidatos. O Partido dos Trabalhadores, então, entrou com novo pedido para que a decisão fosse cumprida.

Sobre o caso, o ministro citou, no último dia 3, que houve a denúncia de fraude na cota de gênero, tendo ocorrido a renúncia de A.P.A.O. e o indeferimento dos registros de candidaturas de M.G.C., L.A.E. e V.B.S.S. “Enfatiza que a renúncia da primeira candidata e o indeferimento dos registros da segunda e da terceira candidatas acima mencionadas ocorreram antes do encerramento do prazo legal para substituições, de modo que, podendo o partido, intimado, ter procedido aos ajustes necessários à observância do percentual legal, nada fez, em clara intenção de burla à legislação.”

Decisão 

Anteriormente, o ministro Ricardo Lewandowski havia decidido favorável ao PTB. Contudo, Nunes Marques decidiu reconsiderar a decisão agravada para analisar recurso especial. Para ele, em, pelo menos, três casos o partido poderia fazer a substituição em tempo hábil.

“A inércia da agremiação denota o intuito deliberado de violar o percentual mínimo de candidaturas femininas previsto pela legislação”, argumenta o ministro. “Entendo que os elementos aqui reunidos trazem robustez suficiente à configuração da fraude à cota de gênero.”

E completa: “Inobservado propositalmente o percentual mínimo de candidaturas femininas exigido em lei, que na hipótese, foi de apenas 27,50%, tenho por evidenciada a fraude à cota de gênero levada a efeito pelo Partido Trabalhista Brasileiro em relação às candidatas A.P.A.O., M.G.C. e L.A.E.” À época da decisão mais recente o Jornal O Hoje procurou o vereador Leo José. Contudo, não houve retorno.

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