Desembargador que defendeu fim da PM é afastado do cargo

A proposta de afastamento foi do presidente do TJ, desembargador Carlos Alberto França

Postado em: 06-11-2023 às 15h02
Por: Luan Monteiro
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A proposta de afastamento foi do presidente do TJ, desembargador Carlos Alberto França. | Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) afastou o desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo do cargo. Adriano teria sugerido o fim da Polícia Militar (PM). A proposta de afastamento foi do presidente do TJ, desembargador Carlos Alberto França, e teve 18 votos em sessão extraordinária.

De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) “o afastamento do magistrado (…) poderá ser cautelarmente decretado pelo Tribunal antes da instauração do processo administrativo disciplinar, quando necessário ou conveniente a regular apuração da infração disciplinar”. Além disso, “decretado o afastamento, o magistrado ficará impedido de utilizar o seu local de trabalho e usufruir de veículo oficial e outras prerrogativas inerentes ao exercício da função”.

O PAD tem prazo de 140 dias para ser julgado. O desembargador tem prazo de 15 dias para apresentar defesa prévia a partir da instauração do processo.

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Entenda

Na última semana, uma fala do desembargador viralizou nas redes sociais. Na ocasião, Adriano sugeriu o fim da PM. “Para mim tem que acabar com a PM e instituir uma forma diferente na área da investigação e da repressão a crimes. A PM deve ser reserva técnica do exército e enfrentar inimigo”,

Em reação, o governador Ronaldo Caiado (UB) classificou a fala de Adriano como “agressiva” e afirmou que a declaração foi “um verdadeiro crime” contra a Polícia.

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