MBL em Goiás prepara coleta de assinaturas para criação de partido

Movimento Brasil Livre divulgou logo e nome da sigla que pretende lançar para disputar eleição de 2026. Partido se chamará Missão

Postado em: 09-11-2023 às 07h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: MBL em Goiás prepara coleta de assinaturas para criação de partido
O nome será ‘Missão’, segundo Marco Berquó, coordenador do MBL Goiás | Foto: Valter Campanato/ABr

No último fim de semana, o Movimento Brasil Livre (MBL) divulgou a logo e o nome do partido que pretende criar para as eleições de 2026 durante a 8ª edição do congresso do grupo, em São Paulo. O nome será ‘Missão’, segundo Marco Berquó, coordenador do MBL Goiás.

Já a logo é uma ilustração de uma onça-pintada junto com o nome da futura sigla e conta com as cores amarelo, preto e branco. Os presentes no evento ficaram animados com o anúncio. Da mesma forma, a militância em Goiás.

“Nós estamos aguardando apenas o deferimento do CNPJ para iniciarmos o processo de coleta das assinaturas. Em Goiás, já temos presença em mais de 100 municípios. A militância foi treinada e estruturada para conseguir proceder com a coleta em menos de dois anos, que é o prazo estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, declarou Berquó. 

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Segundo ele, o MBL tem força em Goiás. “Estamos otimistas com todo o processo, porque tivemos boa aceitação e temos tido capilaridade em todo o estado. O coordenador João Noleto, que está como pré-candidato a vereador por Goiânia em 2024 pelo MBL, está gerenciando as equipes de coletas com o apoio dos demais diretores regionais do movimento”, destaca. 

Ele lembra, inclusive, que o Movimento realizou, em agosto, um Congresso em Goiânia. Na ocasião, participaram lideres do movimento, como o ex-deputado estadual por São Paulo Arthur do Val, youtuber conhecido como Mamãe Fale, e o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

O intuito era discutir políticas públicas e também abordar a criação do partido. “Após o sucesso do nosso último congresso, tendo recebido mais de 300 pessoas, nós reaquecemos a militância que já foi responsável por eleger vereador e deputado estadual em Goiás em anos anteriores”, pontuou. 

Criação de partido

Para criar um partido, existe uma série de exigências. Segundo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), primeiro 101 eleitores precisam fazer o programa e estatuto da legenda. Eles precisam estar distribuídos em, pelo menos, nove entes da federação.

Depois, é preciso apresentar ao cartório de registro civil um requerimento das pessoas jurídicas. O programa e estatuto da legenda, então, deverá ser publicado no Diário Oficial da União. A partir deste momento, o grupo tem 100 dias para dar a chamada “notícia de criação” ao TSE. Aí, eles precisam do apoio de eleitores sem filiação em outros partidos. 

O mínimo é de 0,5% dos votos válidos do último pleito para a Câmara dos Deputados. E estes ainda devem estar distribuídos em um terço dos entes (nove estados ou oito e o DF), representando, pelo menos, 0,1% do eleitorado de cada uma dessas unidades. Por fim, é preciso começar o registro de partido político nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e, por último, no TSE.

Legendas que abrigam

Pela ausência de partido, membros do movimento se aproximaram de algumas siglas para ocupar cargos públicos. O maior expoente do grupo, Kim Kataguiri é deputado federal pelo União Brasil. Outros partidos são o Podemos e o Patriota, mas houve desgaste.

Ex-deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val deixou o Podemos em março de 2022 por causa de uma expulsão iminente. Posteriormente, ele foi cassado por causa de falas sexistas relacionadas a refugiadas ucranianas. À época, ele disse que as vítimas da guerra eram “fáceis, porque são pobres”.

Ele viajou com Renan Santos, outro membro da direção do MBL, para a Ucrânia, quando houve a fala polêmica. Dentro do movimento, eles seguem e forte e aparecem, inclusive, junto com Kim na divulgação dos pedidos de coleta de assinatura.

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