Felipe Cecílio diz que Ana Paula “nunca foi candidata” à prefeitura

O pré-candidato à prefeitura de Goiânia pelo MDB, Felipe Cecílio, disse, em entrevista à reportagem do O Hoje que, diferentemente do que foi massivamente ventilado há meses atrás, Ana Paula Rezende, filha do ex-governador e ex-prefeito, Iris Rezende, nunca foi candidata à prefeitura de Goiânia. 

Ele, que revelou ser um amigo próximo da família, afirmou, sem titubear, que a política não desistiu de concorrer pelo simples motivo de nunca ter se apresentado como candidata. “Fui vizinho dela, sou muito amigo dos filhos, temos um relacionamento que já se estende há anos. Já fiz essa pergunta para eles e todas ocasiões eles me responderam: ‘ela não é candidata, acredite em nós’”, revelou o jovem político

Segundo ele, os bastidores dessa conversa foram, inclusive, levados ao conhecimento do vice-governador goiano, Daniel Vilela. “Eu falei para o Daniel que o primeiro passo para um político se tornar algo passa por ele querer isso. Então, ao meu ver, não adianta a gente insistir e forçar a barra com ela. Se ela se candidata nessas condições podemos ter lá na frente algo pior”. 

E arrematou: Se ela não foi [candidata] nem quando o pai estava ao lado dela, acho que ela não tem esse interesse. É, sem dúvidas, uma pessoa que gosta de política, de gente, mas vejo que ela não tem essa vontade de estar à frente de um pleito como esse”. 

Cecílio, por sua vez, se coloca à disposição para concorrer em nome do partido, que é o mais tradicional da capital. “Entrei nesse projeto para dar ao partido um nome que queria. Para mostrar que o MDB tem alguém. Temos que lutar ao máximo [para viabilizar candidatura própria] e quem estiver com mais chances de vitória tem que sair”. 

“Se eu não for essa pessoa, não tenho problema em apoiar outro nome. O que penso é que não podemos descartar de imediato a possibilidade de uma candidatura. O MDB sempre foi protagonista e deve continuar sendo”, continuou. O político disse não ver problemas caso o partido dispute as eleições na vice de algum outro nome, porém, disse que essa conversa não deve ser antecipada. 

Pagando a conta

O político, que obteve mais de 15 mil votos na eleição de 2022, avaliou, ainda, a situação em que seu partido se encontra. O MDB, vale lembrar, figurou na esmagadora maioria das eleições em Goiânia como protagonista. Agora, porém, amarga a ausência dos grandes líderes. Questionado se o partido vive o pior momento de sua trajetória, disparou: “acho que o partido pecou na formação de novos líderes”. 

“O número de líderes realmente fortes que Iris, Maguito [Vilela], e até meu avô [Mauro Miranda] deixaram é pouco. Daniel, é vice-governador e não pode, nesse momento, abrir mão de um projeto tão importante; Gustavo Mendanha não pode ser candidato por conta da eleição que concorreu em Aparecida, ou seja, criaram apenas dois líderes e uma hora a conta chega, como agora onde nenhum dos dois podem”, avaliou. 

O político reconhece que nem ele nem Jânio Darrot (MDB) — outro pré-candidato do partido ao Paço — possuem o peso dos nomes de Iris e Maguito, porém, afirma sem qualquer medo de errar, que ambos possuem as melhores pretensões. 

Sobre as apostas do governador Ronaldo Caiado (UB) e seu vice, Daniel Vilela, para o páreo do ano que vem, Cecílio disse que ambos os políticos devem agir, mais do que nunca, com muita cautela. “O Caiado quer ser presidente e o Daniel governador, então se não mergulharem em um projeto com grandes chances de êxito, penso que devem permanecer neutros. Caso eles apoiem alguém e essa pessoa não ganhe, isso pegaria muito mal no futuro de ambos”, avaliou.