Com pré-candidatos quase certos em Goiânia, é hora de pensar nos vices

Eleição pode ter união de pré-candidaturas, manutenção de chapas puras, além de participações que ainda não se manifestaram

Postado em: 17-11-2023 às 07h30
Por: Redação
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Com os nomes certos, é preciso pensar em composição e aliança | Foto: Reprodução

Felipe Cardoso e Francisco Costa

Os pré-candidatos em Goiânia têm se definido a menos de um ano das eleições. Com os nomes certos, é preciso pensar em composição e aliança. Recentemente, tem ganhado força a possibilidade de uma dobradinha do ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), e a filha do ex-prefeito Iris Rezende, a advogada Ana Paula Rezende (MDB) – ela seria a vice, uma vez que já desistiu da pré-candidatura.

Poderia ser uma chapa pura, mas também uma composição do União Brasil com o MDB. Isto, porque existe a possibilidade de Jânio migrar para o partido do governador. Neste caso, seria uma chapa aos moldes da majoritária estadual, de Ronaldo Caiado (União Brasil) e do vice Daniel Vilela (MDB).

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Jânio e Ana Paula se reuniram na última terça-feira (14). O encontro foi em Goiânia, no escritório da advogada. Na pauta de cerca de uma hora e meia, claro, 2024 e a possibilidade de composição. Mas, como esperado, a definição fica para o “momento certo”.

Anteriormente, Ana já havia dito que Jânio poderia ser um bom candidato e o classificou como “pessoa séria” e com experiência. Ao Jornal O Hoje, ex-prefeito de Trindade já afirmou que toparia disputar paço, pois é um projeto que “vale a pena”. No último mês, ele se reuniu com o governador para tratar do tema. 

“Não abandonei a vida pública. Saí da prefeitura e me dediquei aos negócios, questão empresarial… Temos também o agronegócio na produção de soja e carne. Nossas fazendas. Mas quando o governador fez o convite, eu falei para ele que toparia, porque é um projeto que vale a pena. Acredito que posso contribuir muito com Goiânia”, afirmou. O encontro de terça mostra que ele tem articulado.

Ainda na base

Há, ainda, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil). Caso ele se viabilize pela base, já tiveram especulações de uma aliança com o presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD).

Hoje no PRD, formado a partir da fusão do PTB com o Patriota – e que quase chamou Mais Brasil –, o vereador deixará a sigla até a janela partidária. Uma das legendas possíveis para ele é o MDB. Assim, a composição também contemplaria a base caiadista-vilelista. 

Outras possibilidades

Já o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro tem como pré-candidato o deputado federal Gustavo Gayer. A sigla pode caminhar só, mas também compor. No caso, o partido Novo seria uma opção de vice. Caso se concretizasse, seria a chapa mais à direita na disputa.

A legenda tem o empresário Leonardo Rizzo e Levy Rafael Alves Cornélio, atual líder da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor do Estado de Goiás (Procon Goiás), como pré-candidatos. Presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro não descarta construir aliança junto a outros partidos de direita e centro-direita – para 2026 e também no ano que vem. 

Talvez com menos possibilidade, existe o PSD e o PT. Nomes fortes na disputa do ano que vem, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e a deputada federal Adriana Accorsi (PT) admitem ter boa relação entre eles. Nacionalmente, os partidos estão juntos, mas na corrida pelo paço não é tão simples. 

O PT é federado com PCdoB e PV, que também têm pré-candidatos. Já o PSD está, na prática, na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Apesar de uma pequena chance, a probabilidade maior é de caminhos separados.

Recentemente, inclusive, Accorsi se manifestou sobre isso. “O senador Vanderlan, tenho todo respeito pela pessoa dele, temos um relacionamento amigável, amistoso. Conversamos sempre sobre Goiás nas reuniões de bancada, no Congresso Nacional e eu acredito que ele tem esse sonho também [de governar Goiânia]. Então, eu respeito a pré-candidatura dele, assim como eu acredito que ele respeita a minha. Podemos conversar, mas creio que cada um terá sua pré-candidatura colocada.”

Prefeito Rogério

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) mantém legendas fortes em sua base. Entre elas, o próprio PRD, como confirmou a deputada federal Magda Mofatto, presidente da nova sigla. Além desta, pode-se destacar o PDT, do deputado estadual George Morais; e o Progressista (PP), do presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Alexandre Baldy. 

Nesse sentido, o prefeito precisa articular para acomodar uma das legendas dentro da chapa majoritária. É preciso dizer, estas são apenas algumas das siglas, hoje, na base do gestor, pré-candidato à reeleição. 

Enfim, vice

Goiânia não tem vice-prefeito desde de 2017, quando Iris Rezende assumiu o comando do paço e o deputado Major Araújo (hoje no PL) renunciou antes de “subir a rampa”. Em 2021, o gestor eleito Maguito Vilela (MDB) morreu em decorrência de complicações da Covid-19, deixando Rogério Cruz só na prefeitura. Em 2025, claro, a situação deve se normalizar.

Houve, ainda, uma situação diferente, em 2010. O vice-prefeito Paulo Garcia (PT) assumiu a prefeitura quando Iris renunciou para disputar o governo de Goiás. Situação semelhante aconteceu em 2022, em Aparecida, quando Gustavo Mendanha (PRD, rumo ao MDB) deixou o paço para concorrer ao Palácio das Esmeraldas e Vilmar Mariano (MDB) assumiu.

A ausência de um vice dá poder ao presidente da Câmara, próximo na linha sucessória. Até por isso, indicam fontes que conversaram com o Jornal O Hoje, Romário Policarpo sempre manteve força na prefeitura, mesmo em momentos de tensão com Rogério. 

Mas de volta à questão da vice, em 2024 não deve haver surpresas em relação aos cargos – é imprevisível, mas não deve ocorrer renúncia ou falecimento, pois, apesar de seguidos, foram casos atípicos. Na capital, as legendas já se movimentam em pré-candidaturas e de olho em possíveis alianças. Claro, algumas chapas podem vir puras, mas ainda assim terão a composição completa no páreo.

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