Direita unida em Anápolis vai mirar Gomide

Pleito de 2024 tem grande expectativa para ofensiva antipetista com união de atores que antes não conversavam

Postado em: 20-11-2023 às 07h32
Por: Yago Sales
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Pleito de 2024 tem grande expectativa para ofensiva antipetista com união de atores que antes não conversavam

A menos de um ano do pleito municipal do ano que vem, a cidade, quiçá, que não terá a reeleição do prefeito, que tem tido uma estratégia mais focada na construção de uma barreira contra um candidato específico é Anápolis. E um candidato que não é da base do atual mandatário. Políticos da base governista de Ronaldo Caiado (União Brasil) seguem o script para evitar movimentos do deputado estadual e ex-prefeito da cidade, Antônio Gomide do Partido dos Trabalhadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

De qualquer maneira, ainda é indefinido o nome para a disputa sob o guarda-chuva da direita, tendo, inclusive, como um dos principais cabos eleitorais, além de Caiado, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A tendência é a manutenção do status quo da polarização. Muito parecida com o que se viu em 2018, na corrida pela Presidência da República, que terminou com a derrota de Fernando Haddad (PT) – atual ministro da Fazenda – e vitória de Bolsonaro pelo então PSL – que passou por fusão com o DEM e se tornou União Brasil. 

Em 2020, outra vez, quando Roberto Naves, então pelo Progressistas, concorreu à reeleição. Com a desunião da direita na ocasião, Naves passou um aperto no segundo turno com Antônio Gomide. Para se ter uma ideia, o candidato outsider da direita na cidade, do MDB, Márcio Correa, teve, no primeiro turno, 16,49%. Naves obteve 46,64% da votação, ou seja, 82.139 votos; Antônio Gomide, contudo, alcançou 28,87% – 50.843 votos.   

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Por um beiço de pulga, como costuma dizer o jornalista do jornal O Hoje, Wilson Silvestre, Naves venceu a eleição. E, embora ainda não tenha apresentado um nome que possa representá-lo à sucessão, ele ganhou um novo status recentemente. O de dirigente de sigla partidária: presidente estadual do Republicanos.

Sob a base caiadista, alguns nomes se colocam à disposição. Por enquanto, o mais insistente é Márcio Corrêa que, por enquanto, cumpre mandato de deputado federal em Brasília. Mas por pouco tempo, até que se possa, de fato, correr as ruas anapolinas em busca de consolidar-se como o candidato do partido na cidade, embora esse seja o desejo do vice-governador Daniel Vilela – que preside, inclusive, o MDB estadual. 

Depois da reformulação no Republicanos, se avizinha, nos bastidores, a ideia de que o partido atualmente presidido por Naves vá caminhar com o Partido Liberal de Valdemar Costa Neto, que tem a maior bancada em Brasília. Essa composição, pensando no trabalho que foi em 2020, pode indicar cada vez uma aproximação do núcleo caiadista em Anápolis, embora o PL não esteja, de fato, na base do governo. Mas existe uma aproximação sadia, com foco em 2026, com cada vez mais interesse de o governador tentar viabilizar-se como o candidato da direita para o Planalto com apoio de Jair Bolsonaro. 

O fluxo de informações sobre essas composições ainda não conseguem definir bem como vai ser amplitude da chapa, mas, de qualquer forma, o que se sabe é que independente de quem estiver num eventual segundo turno vai usar todo e qualquer arsenal contra o candidato do PT, Antônio Gomide, que, como até adversários reconhecem, costuma estar no pódio de algumas pesquisas. E cresceu um pouco mais sem o nome de Naves nas urnas e por causa do seu insucesso de, por enquanto, não ter apresentado um nome à altura para representar a sua continuidade frente à prefeitura.

 

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