Com mudança certa de partido, MDB pode ser destino ideal para Policarpo

Presidente da Câmara de Goiânia pode compor com Bruno Peixoto, do União Brasil, para disputar o Paço pela base de Caiado

Postado em: 21-11-2023 às 08h00
Por: Redação
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Nos bastidores, leitura é de que o relacionamento afinado com maioria dos vereadores pode dar ainda mais musculatura ao projeto político de Peixoto | Foto: Agência Assembleia de Notícias

Felipe Cardoso e Francisco Costa 

Presidente da Câmara de Goiânia, o vereador Romário Policarpo (PRD) não permanecerá no PRD, partido que surgiu da fusão do Patriota com o PTB. O político é sondado por algumas siglas, mas segundo informações de bastidores, o principal interesse seria o MDB do vice-governador Daniel Vilela. 

Romário é paciente e tem ouvido as propostas. Desde legendas da esquerda, passando pelo centro, até a direita. Ele ainda não se sentou com representantes do MDB, mas fontes dizem que a sigla seria a ideal para o presidente da Câmara. 

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Em 2024, Romário pode simplesmente disputar a reeleição. Com o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), ele poderia, inclusive, concorrer a mais um mandato para presidente da Câmara Municipal – talvez não queira, por razões de desgaste. Contudo, também existe a possibilidade de Policarpo buscar o Paço da capital.

Apesar de, atualmente, estar bem com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Romário poderia entrar na disputa. As apostas não são pela cabeça de chapa, mas por uma vice. No caso, do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado estadual Bruno Peixoto (União Brasil). Nesta situação, estar no MDB seria ponto positivo para uma composição da base caiadista.

No momento, existem conversas para que o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (MDB) e a filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende (MDB), façam uma dobradinha no páreo de 2024 pela base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Contudo, Bruno Peixoto também é uma opção e ainda trabalha para ser este nome na disputa. 

Romário tem amizade com o irmão de Bruno, o ex-vereador Wellington Peixoto, e também tem estreitado relações com o presidente da Alego desde a metade deste ano. O deputado, inclusive, chegou a citar Romário como opção da base para o Paço. À época, o vereador foi evasivo. Disse que “os caminhos da cidade passam pelo que Ronaldo Caiado vai definir”.

Vice na prática

Goiânia não tem vice-prefeito desde de 2017, quando Iris Rezende assumiu o comando do Paço e o deputado Major Araújo (hoje no PL) renunciou antes de “subir a rampa”. Em 2021, o gestor eleito Maguito Vilela (MDB) morreu em decorrência de complicações da Covid-19, deixando Rogério Cruz só na prefeitura.

Romário assumiu a presidência da Câmara e se tornou o primeiro na linha sucessória ainda na gestão Iris. É preciso dizer, a ausência de um vice dá poder ao presidente do parlamento. Até por isso, indicam fontes que conversaram com o Jornal O Hoje, Policarpo sempre manteve força na prefeitura, mesmo em momentos de tensão com Rogério. 

Caso entre na disputa em 2024 como vice de Bruno, ele estará concorrendo a um cargo que tem ocupado na prática. Contudo, poderá ter até menos poder do que tem hoje.

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Na última sexta-feira (17), em entrevista à TV Serra Dourada, Bruno demonstrou mais uma vez seu desejo de concorrer ao paço. Na ocasião, ele disse “estar pronto” para ser o nome da base do governador na disputa. “Estou pronto. Depende da população da nossa cidade. Vamos fazer pesquisas qualitativas e quantitativas. Se Goiânia achar que a nossa gestão na Assembleia é um exemplo, estou pronto”, declarou.

Enfim, vice

Em 2025, claro, a situação da vice deve se normalizar. Além de Bruno e Romário, todos os demais entrarão no páreo com a chapa completa.

Abrindo um parêntese, houve, ainda, uma situação diferente, em 2010. O vice-prefeito Paulo Garcia (PT) assumiu a prefeitura quando Iris renunciou para disputar o governo de Goiás. Situação semelhante aconteceu em 2022, em Aparecida, quando Gustavo Mendanha (PRD, rumo ao MDB) deixou o Paço para concorrer ao Palácio das Esmeraldas e Vilmar Mariano (MDB) assumiu.

Mas em 2024 não deve haver surpresas em relação aos cargos – é imprevisível, mas não deve ocorrer renúncia ou falecimento, pois, apesar de seguidos, foram casos atípicos. Na capital, as legendas já se movimentam em pré-candidaturas e de olho em possíveis alianças. Claro, algumas chapas podem vir puras, mas ainda assim terão a composição completa no páreo.

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