Só se for cabeça de chapa, diz Vitor Hugo sobre compor com Naves

Discussão está em voga nos bastidores da política de Anápolis. Assunto ganhou musculatura após Naves reconhecer que vê em Vitor Hugo um nome capaz de representar a direita anapolina e dar continuidade à gestão

Postado em: 23-11-2023 às 08h30
Por: Yago Sales
Imagem Ilustrando a Notícia: Só se for cabeça de chapa, diz Vitor Hugo sobre compor com Naves
Prefeito reconheceu Vitor Hugo nome capaz de representar a direita e dar continuidade à gestão | Foto: Reprodução

Ano que vem está bem aí, à espreita, pressionando líderes político-partidários por alianças em prol da disputa eleitoral municipal. Com isso, já se formam grupos que, após conversas, parecem convergir para um consenso de formação de chapa. Pelo menos é o que está tentando duas forças políticas de direita em Anápolis: Republicanos e Partido Liberal, o famoso PL. 

Ambas as siglas tendem a caminhar juntas, por enquanto, em Aparecida e em Anápolis, cidades estratégicas. Este é, contudo, o desejo. Enquanto o MDB, que “perdeu” Aparecida por cerca de um ano, a “resgatou” com o retorno do prefeito, Vilmar Mariano, à legenda do vice-governador Daniel Vilela. Mas, como contraponto ao projeto de Vilmarzinho de reeleição, surgem nomes como o do ex-aliado da gestão, deputado federal Professor Alcides, do PL e, dizem, com o Republicanos, o deputado federal Jefferson Rodrigues, pelo menos na corrida pela construção de chapas. 

Já em Anápolis, conforme o jornal O Hoje tem divulgado, o PL tem nome: Vitor Hugo. Ex-deputado federal, fortemente alicerçado no bolsonarismo – foi líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara – quer disputar a prefeitura sob a benção e entusiasmo do ex-presidente. Isto o torna um dos favoritos a ter, num palanque goiano, Bolsonaro. Vale lembrar que Vitor Hugo é um dos homens mais fiéis a Bolsonaro desde a sua ascensão, em 2018. 

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A ideia tem apoio do atual prefeito, Roberto Naves, que há poucas semanas ganhou o status de presidente estadual do Republicanos, após deixar o PP. Naves ainda não emplacou nenhum nome à sucessão, mas enxerga, em Vitor Hugo, uma possibilidade. 

As conversas, no entanto, parecem não andar a galope. “Vi a manifestação do prefeito, que foi para o Republicanos. Repito: as portas estão abertas para o partido, que tem o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, e a senadora Damares Alves. Caso eu realmente seja o candidato, vamos abrir conversas com todos os partidos”. 

Vitor Hugo deixa claro que quer, sim, o apoio de Naves e o seu Republicanos, mas desde que seja o cabeça de chapa. “Se eu for candidato, serei a prefeito”, disse ele. 

Há bolsonarismo no Brasil e direita no mundo. É um movimento que a gente percebe que é um fenômeno mundial. Na América Latina tem diversos presidentes. E tem em vários outros países. 

Recentemente, reportagem do O Hoje trouxe uma análise esclarecedora em que explica que, embora fora das urnas por estar inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pode ser a salvação para parte de dirigentes partidários – sobretudo do PL de Valdemar da Costa Neto, da qual o pai do fenômeno bolsonarista é filiado -, prefeitos que querem um sucessor viável e àqueles que almejam vencer uma eleição no ano que vem, quando os eleitores vão às urnas para escolher vereadores e prefeitos para os 5.568 municípios brasileiros – ou 246 goianos.

Jair Bolsonaro pode não ter condições legais para disputar nas próximas eleições, mas vai ter tempo suficiente para batizar políticos em cidades estratégicas, capitais, redutos político-ideológico-eleitorais. É a ‘cartilha’ do Partido Liberal, como este texto pretende destrinchar. O sonho de alguns, pesadelo de muitos.

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