Tribunal Regional Eleitoral Goiás indefere 10% dos candidatos

Rafael Oliveira*

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás recebeu 1.178 pedidos de registros de candidaturas para a eleição estadual, em todos os cargos. Deste total, 996 (84,55%) estão aptos a continuar a campanha, 115 (9,76%) foram considerados inaptos, que envolve os candidatos que não reuniram as condições necessárias ao registro e outros que desistiram de concorrer ao cargo. O TRE ainda julga registro de 67 candidatos e tem até hoje para concluir esses julgamentos.

O dia 23 de agosto foi o último dia para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público impugnar os pedidos de registro de candidatos apresentados por partidos ou coligações. Essa impugnação somente pode ser solicitada pelas partes citadas. 

Contudo, o cidadão que esteja no pleno exercício de seus direitos políticos também pode propor, sem a necessidade de estar representado por advogado, pedido de inelegibilidade que recaia em candidato com pedido de registro apresentado pelo partido político ou pela coligação. 

Em Goiás, foram autuados 1.126 pedidos de registro de candidatura para os cargos de governador, vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e suplentes ao Senado, de candidatos pertencentes a 35 partidos, alguns dos quais, coligados. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os tribunais regionais eleitorais têm até hoje (17 de setembro) para julgar todos os pedidos de registro. O TSE julga os pedidos de registro de candidatura à Presidência e à Vice-Presidência da República e os TREs, aqueles dos candidatos a governador, vice-governador, senador, suplentes, deputados federais e deputados estaduais.

Na última decisão publicada no site do TSE, dia 10 deste mês, ainda traz dois candidatos ao governo que aguardam julgamento das candidaturas: o governador José Eliton (PSDB) e Alda Lúcia (PCO) e de seus respectivos candidatos a vice-governador, Raquel Teixeira (PSDB) e Alessandro Aquino (PCO). 

Um candidato do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) a deputado federal foi classificado como inapto pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e não terá seu pedido de candidatura analisado por um juiz eleitoral. Uedson Vieira foi o único requerente neste pleito a não ser apreciado pelo órgão eleitoral em Goiás. 

A maior proporção de candidatos por vaga está no cargo de deputado estadual. Goiás terá 897 candidatos ao cargo para 41 vagas disponíveis, uma disputa de 21,88 candidatos por vaga. Depois os eleitores terão que escolher um deputado federal entre 228 candidatos para 17 vagas, média de 13,41 candidatos por vaga. Ao Senado Federal, se candidatam 12 concorrentes para 2 vagas, média de seis postulantes por vaga. 

Os dois partidos que mais apresentaram candidaturas foram o PHS e o PSL, mesma legenda do candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (RJ). O PHS colocou 73 candidatos nas ruas de Goiás e o PSL 68 concorrentes. Os dois partidos com menores quadros disponíveis são o Partido da Mulher Brasileira (PMB) com seis candidatos e Novo com também seis candidatos. Os maiores partidos do estado, como o PSDB, MDB, PT e PP, que tem a maior quantidade de representantes eleitos ao Legislativos apresentaram juntos 257 candidatos à disposição do eleitorado goiano. O PSDB apresentou 37 candidatos, o MDB disponibilizou 61 postulantes, o PT colocou 54 concorrentes e o PP 51 candidatos. 

Na faixa etária, os homens são maioria dos candidatos entre 40 e 54 anos. São 801 homens disputando as eleições (68%) contra 337 mulheres (32%). Os casados também são maioria, 643 candidatos (643) e os solteiros somam 347. Por grau de instrução, 566 candidatos afirmaram ter nível superior completo, 339 ensino médio completo 117 superior incompleto. Quanto a cor e raça, 616 são brancos (52,2%) e 104 se declaram negros (8,83%). 

Candidatos pelo Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral registrou 28.897 pedidos de candidaturas o Brasil. São 14 candidatos à Presidência da República, 199 candidatos a governador 357 cidadãos concorrendo as 81 vagas do Senado. 

Ao total foram impugnados 1.702 registros de candidatos e 5.480 ainda esperam julgamentos dos juízes eleitorais do TSE e 21.715 candidaturas já foram julgadas aptas para disputar os cargos eletivos. 

Na concorrência de candidatos por vagas, são 7 candidatos a governador por vaga, em cada Estado; os candidatos ao Senado concorrem 54 vagas nesta eleição e média de 6,6 candidatos por vaga. O cargo mais concorrido é o deputado estadual em todos os estados, são 17.850 candidatos concorrendo 1.035 vagas, média  de 17 por vaga. As vagas de deputados federais são a segunda mais disputada no Brasil. Os eleitores terão 8.532 candidatos disputando 513 vagas na Câmara dos Deputados, média de 16 candidatos por vaga. 

No Brasil, o total de eleitores aptos a participar das Eleições Gerais de 2018 passou de 147.302.354 para 147.302.357 em razão de decisões da Corregedoria-Geral Eleitoral que reverteram o cancelamento da inscrição de cidadãos do Rio de Janeiro e Roraima no cadastro de eleitores.

Os dois partidos que mais colocaram candidatos à disposição dos eleitores foram o PSL de Jair Bolsonaro e o Psol. O partido do capitão da reserva apresentou 1.532 candidatos em todos os estados e o Psol 1.341 concorrentes. Os dois com menos candidatos são PCB e PCO, 93 e 129 respectivamente. (*Especial para O Hoje)

 Caiado promete austeridade em caminhada no Pedro Ludovico 

Acompanhado do candidato a vice-governador Lincoln Tejota (PROS) e de candidatos a deputado estadual e federal, o senador conversou com os moradores e comerciantes sobre as principais demandas da região.

Entre os principais pedidos estão a conclusão da Praça de Esportes do Setor Pedro Ludovico, que foi abandonada pelo atual grupo que domina Goiás há 20 anos, e a entrega das escrituras para famílias que moram no bairro há 60 anos. 

“Tudo que for gerência do Estado, iremos cumprir. Sou austero e só autorizo o que tenho certeza que consigo pagar, não vou fazer obra politiqueira. São mais de R$ 2 bilhões jogados fora com obras inacabadas em Goiás. Preciso do apoio de vocês, pois eles estão há 20 anos no poder, não querem largar a teta. Como eu disse, são carrapatos e estão grudados para valer. Nós precisamos arrancá-los de uma vez”, garantiu.

Líder em todas as pesquisas já divulgadas, Caiado tem como principal ativo eleitoral a proximidade com o povo. Ao contrário dos adversários, que evitam sair às ruas por medo da alta rejeição, o líder democrata é abraçado por onde passa e quase não consegue caminhar sem pedidos de selfies, beijos e abraços dos goianos. 

“Quero agradecer a todas as pessoas, dizer da alegria com que nossa campanha tem sido recebida em cada município nos quatro cantos de Goiás. Em todos os lugares, essa energia boa. Lembro sempre que nesta eleição não vamos mudar apenas o governador, vamos mudar a maneira de se governar”, completou.

A apenas três semanas do pleito, marcado para 7 de outubro, o candidato da coligação “A Mudança é Agora” vai intensificar a agenda na capital e no interior, com objetivo de vencer ainda no primeiro turno. “Com o apoio dos goianos, numa campanha propositiva, limpa e de combate total à corrupção, estamos cada vez mais fortes”, arrematou.

Daniel faz carreta no Entorno e promete pão e leite de graça 

Em visita a Novo Gama neste domingo, o candidato a governador Daniel Vilela (MDB) ouviu diversos elogios às sua proposta de revigorar a rede de proteção social do Estado, ampliando os atuais programas com ações de reforço alimentar, como o programa do pão e do leite, e pagando a tarifa de água e luz para quem consome até 5 mil litros e 50 kWh por mês, respectivamente. “Quem conhece realidades duras como a que observamos aqui no Entorno compreende imediatamente a necessidade do Estado amparar neste momento as famílias mais carentes, até que consigam uma porta de saída, por meio de programas de qualificação e geração de empregos”, afirmou Daniel durante visita à Feira do Pedregal, uma das maiores do Estado.

“Daniel, eu vi a sua proposta de ajudar as famílias carentes e você está certinho, tem que ajudar. Aqui não tá tendo emprego pra ninguém e tem muita criança passando fome de verdade”, disse a feirante Marli Tereza ao encontrar com o candidato. Ela vende roupa na Feira do Pedregal e disse que, embora ganhe “uns trocados que dá pra viver”, a maioria das suas vizinhas não tem condições de oferecer alimentação digna para seus filhos.

“Os efeitos da crise econômica que varreu o País nos últimos anos ainda penalizam muito as famílias de menor renda. E elas não podem esperar até a economia do País engrenar de vez para ter acesso ao mínimo para sua subsistência”, afirmou Daniel. O emedebista lembrou que os programas de isenção de tarifa de água e luz e o do pão e do leite já foram adotados com sucesso em outros momentos em Goiás, o que comprova que são viáveis. Vários outros feirantes e consumidores que conversaram com o candidato manifestaram sua aprovação às propostas apresentadas na área social, além de pedirem mais investimentos em infraestrutura na região. 

Daniel também falou sobre a outra ponta que complementa as ações na área social, que é o ensino de qualidade, a qualificação profissional e a geração de empregos, o que visa possibilitar que essas famílias logo possam deixar de serem assistidas pelo Estado. O candidato prometeu colocar para funcionar de forma adequada os Itegos inaugurados recentemente, como o de Santo Antônio do Descoberto, que está fechado há quase um ano, e afirmou que vai adotar uma política agressiva de incentivos fiscais para industrializar o Entorno do DF. 

“Aqui temos uma localização privilegiada, próxima a dois grandes centros consumidores (Brasília e Goiânia), e podemos criar pólos industriais nos municípios para atrair novos investimentos”, disse, citando o modelo de Aparecida de Goiânia, que colocou o município como um dos destaques nacional na geração de emprego nos últimos anos. Daniel percorreu a Feira do Pedregal por mais de uma hora, acompanhado do candidato a deputado estadual Afrânio Pimentel e os vereadores Celso Carvalho e Cláudio Big Lar, ambos do MDB.