Fortaleza não desiste da prefeitura, mas quer ter apoio de Gustavo Mendanha

Presidente da Câmara, André Fortaleza, aguarda viabilidade e aval de Mendanha, mas, ainda, prevalece defesa de seu nome à disputa

Postado em: 28-11-2023 às 08h30
Por: Yago Sales
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Enquanto Fortaleza, e Mendanha, fizeram discursos apaziguadores, de união, o prefeito não sinalizou qualquer interesse em ter Fortaleza no palanque | Foto: Reprodução

A expectativa era de que o mutirão em Aparecida, na sexta-feira (24), com aglutinação, no em torno de Gustavo de Mendanha, de alguns dos mais críticos vereadores à gestão de Vilmar Mariano, fosse de, no mínimo, diálogo para um consenso em torno do projeto de reeleição do atual mandatário. Mas azedou ainda mais, conforme fontes ouvidas pela reportagem. 

A presença de figuras como o presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza (MDB), gerou desconfiança por parte de governistas, mas também esperança para quem acreditava que o parlamentar pudesse estar ali em forma de unir forças para contribuir com o pleito do ano que vem, com o apadrinhamento do ex-prefeito e maior líder político da cidade, Gustavo Mendanha (sem partido, prestes a filiar-se no MDB). 

Enquanto Fortaleza, e Mendanha, fizeram discursos apaziguadores, de união, o prefeito não sinalizou qualquer interesse em ter Fortaleza no palanque. Foi o que disseram alguns nomes que buscam construir pontes para reeleger o próprio Vilmar Mariano. 

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A máxima de que está tudo certo nesta união em prol de Vilmarzinho – que teria Fortaleza e até Ademir Menezes -, no entanto, está muito longe de se concretizar. A maior pedra no sapato de de Vilmar é o ex-aliado Professor Alcides que, atrelado até o osso com o bolsonarismo, personificado na (ainda) força de Jair Messias Bolsonaro – que esteve no aniversário dele há poucas semanas – quer ser prefeito da cidade. 

Professor Alcides, que, empresário e deputado federal, deve levar a pré-campanha até as últimas consequências, sobretudo quando estiver com pesquisas mais consolidadas, não deve sentar à mesa de Vilmarzinho até então. 

A reportagem do jornal O Hoje apurou, contudo, que Fortaleza quer, mesmo, é o apoio de Gustavo Mendanha para candidatar-se pelo MDB. No café da manhã da sexta-feira, onde Mendanha vislumbrava consolidar união, Fortaleza disse, ao Folha Z: “Gustavo é meu líder em Aparecida e, sendo meu líder, seguirei seu projeto político”.

Na ocasião, era esperado um discurso mais aberto de Vilmarzinho, ou seja, voltado para acenar à oposição que ali estava, o que não ocorreu. A atitude, inclusive, pegou mal e desagradou. Sem fazer um gesto, diz uma fonte, o prefeito perdeu uma baita chance de pregar que, como cabeça de chapa, tem capacidade de agregar e dar espaço. Esquecer o “passado” e pensar o futuro, que tem um problema pela frente: a expertise do Professor Alcides. 

Gustavo, procurado pelo jornal O Hoje, afirmou que Vilmar “precisa querer” apoio de Fortaleza. “Chamei todos os vereadores de oposição, mas não necessariamente estão com o Vilmar”, disse ele, resumidamente. 

Já Fortaleza, também em entrevista ao jornal, disse que foi ao evento a convite do amigo Gustavo Mendanha. “Estive lá como instituição, muito tranquilo. O prefeito, infelizmente, a postura, não me estranha”, disse ele, sobre não ter sido cumprimentado. 

“Tem que haver diálogo entre os poderes. Eu não sou contra o desenvolvimento da cidade. Aquilo que for correto eu sempre estarei ao lado do executivo. No momento, não estou disposto a ter este tipo de conversação. Os nossos projetos se confundem. Isto vai depender do resultado da nossa pré-campanha. Eu, sim, sou do grupo de Gustavo Mendanha. E por isso, antes de tomar qualquer decisão, vou conversar com ele”, disse ele. 

“Respeito o prefeito. Tive vários embates com ele. Na hora certa vamos discutir [conversas com Vilmar ou qualquer outro pré-candidato, com o Professor Alcides]. Preciso saber como vou estar pontuando nas pesquisas”, afirmou, afinal.

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