A composição atual do STF, com 10 homens e apenas uma mulher, evidencia a necessidade de maior diversidade

O Judiciário brasileiro carece de representatividade de gênero e raça, com uma magistratura majoritariamente masculina, branca, heterossexual, casada e católica.

Postado em: 04-12-2023 às 13h28
Por: Luana Avelar
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As decisões ignoram a importância da diversidade e perpetuam o machismo e o racismo estrutural presentes na sociedade brasileira. | Foto: STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, escolheu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, do PSB, para ocupar o lugar de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. No entanto, essa escolha levanta questões sobre a falta de representatividade de gênero e raça na Corte.

Embora Flávio Dino tenha um currículo sólido, a composição atual do Supremo conta com 10 homens e apenas uma mulher – Cármen Lúcia. Além disso, não há negros na Corte, excluindo Dino que se autodeclara pardo.

Essas decisões ignoram a importância da diversidade e reforçam o machismo e o racismo estrutural presentes na sociedade. A falta de representatividade de gênero e raça no Judiciário brasileiro é evidente, com a magistratura sendo majoritariamente masculina, branca, heterossexual, casada e católica.

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A questão racial é ainda mais alarmante, com números preocupantes em São Paulo, onde menos de 2% dos desembargadores e apenas 5% dos juízes são negros. Essa falta de diversidade é resultado de uma sociedade construída sobre bases patriarcais e marcada pela ausência de uma reparação social necessária após a abolição da escravatura.

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