Ano de 2024 também marca eleições da OAB-GO

Rafael Lara é candidato natural à reeleição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás; Rodolfo Mota pode entrar na disputa pela oposição

Postado em: 06-12-2023 às 10h30
Por: Francisco Costa
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O atual presidente da OAB-GO, Rafael Lara, contudo, deve ser nome certo na disputa | Foto: OAB Goiás

E não é só de Novo municipais que vive 2024. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) está a um ano de seu pleito. Segundo colocado na corrida de 2021, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, o Pepê, não crava participação no próximo pleito. Questionado sobre a possibilidade, ele diz, apenas, “vamos ver como as coisas andam”. Apesar de outros questionamentos, ele prefere manter o distanciamento de qualquer posição neste momento.

O atual presidente da OAB-GO, Rafael Lara, contudo, deve ser nome certo na disputa. O sucessor de Lúcio Flávio venceu, em 2021, com quase 40% dos votos válidos. Pedro Paulo teve aproximadamente 34% e foi seguido por Rodolfo Mota e Valentina Jungmann. 

À época, Lara comemorou e agradeceu o que classificou como “novo ciclo para a advocacia do estado de Goiás”. Pouco depois de eleito, em entrevista ao Jornal O Hoje, Lara reforçou que a advocacia era apenas uma. “Nem precisa da posse. Desde o dia 20 de novembro. No dia seguinte às eleições, tenho dito repetidamente que não existe mais cor, não existe mais chapa, não existe mais número. A advocacia é uma só.”

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Ele ainda afirmou que a política institucional não era feita de partidos políticos e que “a advocacia não pode permitir que aconteça com ela o que vemos na sociedade, num dualismo, rivalidade e polarização entre forças”. 

Rodolfo Mota

Ao Jornal O Hoje, Rodolfo Mota afirmou que tem sido procurado para o próximo páreo, mas a discussão ainda está no começo. “Estamos sendo procurados, até pela responsabilidade da entidade e da advocacia. Então, devemos participar, sim. Ainda estamos discutindo a intensidade. Se for do desejo da advocacia, que a gente assuma uma oposição de destaque.”

Para ele, em 2024 o cenário deve ser diferente de 2021, havendo polarização entre situação e oposição. Ele lembra que no pleito passado houve o encerramento de mandato e teria uma mudança de comando, por isso ocorreu pulverização. “Acredito que dessa vez a perspectiva é de menos candidatos.”

Sobre a gestão, ela a vê completamente vinculada ao governo do Estado. “Engessada, sem autonomia. Sem voz para discutir em nome da advocacia até pelos vínculos assumidos em campanha.” 

Ponto de vista

Ao Jornal O Hoje o advogado constitucionalista Clodoaldo Moreira, que foi membro na gestão de Lúcio Flávio – padrinho de Lara –, elogiou a atual gestão. Segundo ele, “a gestão do presidente da OAB-GO, Rafael Lara, e do Conselho é reconhecida por seu impacto positivo, promovendo avanços significativos na advocacia e na defesa dos interesses da Ordem”.

Em relação ao próximo pleito, a expectativa do jurista é de uma eleição menos polarizada para a OAB com um ambiente propício para a busca de consensos. “E a promoção de uma representação mais ampla e unificada dos interesses da advocacia”, argumenta. Questionado sobre resultados, ele acredita em reeleição. “O cenário atual indica que sim.”

O advogado Jairo Silva Neto apoiou Pedro no pleito passado e, hoje, é integrante da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-GO. Para o ano que vem ele prevê, pelo menos, dois grupos, sendo a situação e outro que surge “por um desentendimento interno ou grandes projetos pessoais. Geralmente a situação tende a ter mais facilidade pois conta com a máquina para trabalhar, mas a eleição da OAB-GO nunca é fácil. Para ganhar a chapa deverá trabalhar muito e estar preparada para assumir uma grande responsabilidade”.

Sobre a gestão, ele vê pontos positivos e negativos. “Um dos pontos negativos foi a grande aproximação com o governo do Estado. Acredito que ao se aproximar tanto assim do governo, a entidade perde o poder de exercer suas funções fundamentais, quais sejam: defender a Constituição, defender o Estado Democrático de Direito, não só para os advogados, mas toda a sociedade.” Em relação aos positivos, ele cita as comissões de Direito Previdenciário e das Prerrogativas.

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