Entorno de Peixoto espera posição de Caiado sobre candidatura até março

Irmão do presidente da Assembleia, Wellington Peixoto afirma que expectativa é que pesquisas qualitativas e quantitativas sejam consideradas

Postado em: 12-12-2023 às 10h30
Por: Francisco Costa
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Irmão de Bruno, o ex-vereador pela capital, Wellington Peixoto (União Brasil), confirma essa expectativa | Foto: Reprodução

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), não esconde a vontade de disputar a prefeitura de Goiânia, em 2024. A expectativa do parlamentar e seu entorno é ter a resposta da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) entre fevereiro e março do ano que vem. 

Irmão de Bruno, o ex-vereador pela capital, Wellington Peixoto (União Brasil), confirma essa expectativa. Ele reforça, também, que o presidente da Alego tem trabalhado e movimentado pela cidade. Inclusive, participando de eventos e com vistas para mais no decorrer dos próximos dias, semanas e meses. 

“Está tentando construir [a candidatura] e ver qual será a decisão da base.” De acordo com Wellington, o deputado estadual espera que seja considerada uma análise qualitativa pela base caiadista – o que inclui o desejo do goianiense, como já revelado que seria alguém com experiência empresarial e de gestão –, mas também a quantitativa. “Quer saber quem está melhor nas intenções de votos.”

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Mais de 2024

Wellington também comentou sobre outros temas, como a própria candidatura, em 2024. De acordo com ele, atua para disputar a Câmara Municipal. Contudo, só o fará caso Bruno não dispute a prefeitura. “Gera ciúme. Somos do mesmo partido. Não tem impedimento, mas pode ser ruim”, resume.

Amigo de Romário Policarpo (PRD), presidente da Câmara, ele também comentou sobre o vereador. Ele acredita que o colega vá disputar a reeleição. De fato, outra fonte consultada pelo Jornal O Hoje já havia reforçado essa situação. Esta pessoa pontuou, inclusive, que o líder do Legislativo goianiense deve permanecer no PRD, fusão do Patriota e PTB. 

Anteriormente, era ventilado que Romário pudesse ir para o PT ou MDB. O partido do vice-governador Daniel Vilela (MDB), destaca-se, seria o desejo do presidente da Câmara. A avaliação, porém, é que as articulações para as chapas já começaram e que ele teria mais vantagem no PRD, visto que para vereador existe quociente eleitoral – os votos vão para o partido e sobem para as cadeiras aqueles que estão em melhor posição, utilizando a votação de todos. 

Análise

O Jornal O Hoje consultou o professor e cientista político, Marcos Marinho, para analisar as possibilidades do governador, entre Bruno e o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot (MDB), que também tem sido ventilado e pré-candidato. Para ele, atualmente Peixoto tem mais condição de unificar a base. “Ele tem boa relação com deputados, vereadores e está consolidado entre lideranças. O trabalho dele na Alego dá condições e poder de aglutinar.”

Marinho lembra, ainda, que Peixoto tem histórico com os dois principais partidos da base: o MDB e o União Brasil. Ele foi filiado ao primeiro por anos antes de migrar para o segundo. “Além disso, ele recebeu apoio de deputados de vários partidos.”

Em relação ao ex-prefeito de Trindade, o cientista político cita que Jânio Darrot foi ligado ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), hoje oposição a Caiado – de fato, o empresário esteve durante os mandatos do Executivo filiado ao PSDB. “Ele é recém-chegado no MDB. Não sei até que ponto conseguiria confluir toda a base”, observa.

Além disso, Marcos argumenta que Jânio não foi testado em Goiânia. Apesar de ter referencial no mundo empresarial – algo que seria objeto de desejo da base caiadista –, o professor não sabe se ele possui capital político suficiente para capitanear uma campanha da base do governador Ronaldo Caiado.

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