Membros do Solidariedade tem discursos pautados pelo desencontro 

“Não sou e nem seria da base do prefeito Rogério Cruz”, diz a vereadora refém filiada, Gabriela Rodart

Postado em: 20-12-2023 às 07h30
Por: Francisco Costa
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Presidente do partido, por sua vez, diz que todos que se filiaram à sigla sabem do compromisso em caminhar com Rogério | Foto: Reprodução

Maior bancada na Câmara de Goiânia, o Solidariedade tem sete vereadores. Presidido pelo secretário de Infraestrutura do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Denes Pereira, o partido não mantém um discurso de base. E não somente por parte do vereador Igor Franco, que pode deixar a legenda. A parlamentar Gabriela Rodart, que se filiou na última semana, também não se diz ‘rogerista’.

A posição vai de encontro com o desejo que Denes expressou ao Jornal O Hoje, recentemente. De acordo com ele, quem se filia ao partido, sabe que o Solidariedade vai caminhar com o prefeito. Ele entende que os vereadores são independentes, mas as expectativas seria que, pelo menos, os recém chegados estivessem alinhados nesse sentido.

Além de Rodart, se filiaram, na última semana, Leandro Sena e Ronilson Reis. Já estavam na legenda: Igor Franco, Anderson Sales, Bill Guerra e Joãozinho Guimarães. Ainda sobre Gabriela, ela justificou que foi o partido que lhe deu oportunidade.

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“Quem me deu oportunidade nesse momento foi o Solidariedade. E, independente de qualquer coisa, estou trabalhando todos os dias, especialmente, fiscalizando as unidades de saúde em Goiânia que estão precárias. Não sou e nem seria da base do prefeito Rogério Cruz”, crava.

Enquanto Sena e Ronilson estavam sem partido, Gabriela Rodart era do PTB. A sigla que ela presidia em Goiânia se fundiu com o Patriota, formando o PRD. Por causa da junção, a lei eleitoral permite que ela troque de legenda antes da janela partidária, sem risco de perder o mandato por infidelidade partidária.

Bloco

Tanto Gabriela quanto Igor Franco são do bloco Vanguarda, o maior da Câmara. Franco, que comanda o grupo, já disse que ele não irá se desfazer para formação de um bloco do Solidariedade, como existe do MDB, segunda maior bancada com seis legisladores.

O próprio Denes, presidente do Solidariedade, já afirmou que não é o intento do partido criar um bloco. Segundo ele, as filiações são pensando na chapa de vereadores de 2024. “Pensando na eleição”, argumenta. “Vamos fazer uma chapa intermediária [que não precise de tanto voto por candidato], como fizemos na eleição de deputado estadual”, esclarece. 

Em 2022, Denes era presidente do PRTB, que tinha três deputados e elegeu quatro. “Faltou muito pouco para o quinto.” A ideia dele é seguir a mesma linha nas eleições municipais e manter a maior bancada partidária da Câmara de Goiânia.

Sobre estar na base de Rogério, o presidente do Solidariedade diz não se tratar de uma imposição e garante que dissidentes não serão expulsos do partido. “Após a pessoa filiar, vamos conversar para trazer para mais perto, mas sempre respeitando a posição de cada um. Nada é imposto. Quem vem, sabe que o Solidariedade vai caminhar com o prefeito Rogério. Mas não temos unanimidade em lugar nenhuma na vida, né?”, questiona de bom humor.

MDB

Como mencionado, o MDB é o segundo partido em vereadores na casa, com seis parlamentares. São eles: Anselmo Pereira, Denício Trindade, Dr. Gian, Henrique Alves, Izídio Alves e Kleybe Morais. Na Casa, a legenda faz base para o prefeito Rogério Cruz. Nas eleições, contudo, deverá ter candidato próprio ou apoiar o nome indicado pela base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

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