Emendas impositivas da Câmara devem ser pagas até junho

Líder do prefeito, vereador Anselmo Pereira, disse que “há uma tratativa para liberar as emendas mais rápido neste ano do que no ano passado”

Postado em: 23-12-2023 às 10h30
Por: Gabriel Neves Matos
Imagem Ilustrando a Notícia: Emendas impositivas da Câmara devem ser pagas até junho
O projeto prevê receita de mais de R$ 8,7 bilhões | Foto: Gustavo Mendes/Câmara Municipal de Goiânia

A Câmara de Goiânia aprovou o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024 em definitivo. Designado para o exercício financeiro do município, o texto foi elaborado pela prefeitura de Goiânia e estabelece as projeções de receitas e despesas da capital. O projeto prevê receita de mais de R$ 8,7 bilhões.

Enviado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) à Câmara, o texto recebeu 775 emendas, sendo que dessas, 664 são impositivas, ou seja, parte do orçamento cujo destino é apontado pelos parlamentares, com base nas demandas da população. Isso também significa que o Executivo é obrigado a aplicar os recursos nas áreas determinadas. As emendas impositivas correspondem a 2% da receita corrente líquida. Cada vereador poderá destinar para obras e melhorias de espaços públicos cerca de R$ 4,5 milhões.

O relator da matéria, vereador Sandes Júnior (PP), comentou as mais de 1200 páginas do projeto. “Todas as emendas impositivas apresentadas pelos 35 vereadores foram aprovadas. O prefeito colocou nesse orçamento todo R$ 400 milhões para investimento na cidade. Tem também as emendas carimbadas, percentual para saúde e educação”, afirmou o parlamentar. 

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De acordo com o líder do prefeito na Câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB), as emendas impositivas deverão ser pagas até o mês de junho. “Há uma tratativa  para liberar as emendas mais rápido neste ano do que no ano passado – até porque ano que vem é eleitoral e nós temos limitações para essa finalidade. Não queremos correr risco”, disse o parlamentar. 

Segundo ele,  a emenda alerta o Executivo para entregá-las até no máximo o mês de junho, porque de julho a setembro é uma época proibitiva.” O projeto segue para sanção do prefeito Rogério Cruz, que tem até o dia 31 de dezembro para avalizar o texto. 

Em paralelo, avançou na Casa o pedido de empréstimo da prefeitura de R$ 710 milhões. De acordo com o Executivo, o texto autoriza a contratação de operação de crédito com o Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal, com a garantia da União para realização de obras nas áreas da saúde, educação, infraestrutura e mobilidade.

“A conjuntura adversa, marcada pela crise econômica e os impactos da pandemia, gerou uma redução significativa na arrecadação dos municípios brasileiros, notadamente proveniente do Fundo de Participação dos Municípios, cujas transferências da União experimentaram uma diminuição”, disse o prefeito da capital. 

Os vereadores Kátia Matia (PT), Welton Lemos (Podemos) e Willian Veloso (PL) apresentaram votos contrários à matéria. Segundo eles, falta ao projeto o parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Município. Thialu Guiotti (Avante), relator da matéria na CCJ, informou que o parecer jurídico será anexado ao projeto durante as  próximas fases do trâmite legislativo. O texto segue para a primeira votação em plenário. Caso seja aprovado, vai para a Comissão de Orçamento e Finanças antes da última votação em plenário.

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