Associação questiona no STF lei que amplia fiscalização sobre TCE

A ADI pede medida cautelar para suspender os efeitos da lei

Postado em: 28-12-2023 às 07h30
Por: Redação
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A ADI, que será relatada pelo Ministro André Mendonça, ainda pede medida cautelar para suspender os efeitos da lei e que seu teor seja declarado inconstitucional | Foto: Reprodução

Ícaro Gonçalves e Gabriel Neves

A Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) ingressou, na quarta-feira (27/12), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei que amplia os poderes de fiscalização da Alego sobre o TCE-GO.

Na ação, a Atricon alega que a lei aprovada pelo Legislativo goiano e sancionada pelo Governo “acaba por criar novos contornos ao controle externo goiano, em absoluto descompasso ao modelo constitucional, visando tão somente a intimidação do Tribunal de Contas em virtude do independente exercícios de suas competências”.

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A ADI, que será relatada pelo Ministro André Mendonça, ainda pede medida cautelar para suspender os efeitos da lei e que seu teor seja declarado inconstitucional.

De autoria do deputado estadual Talles Barreto (UB), a Lei Estadual 22.482, sancionada pelo governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) no dia 22 de dezembro, prevê que, a partir de agora, tanto o governador quanto o TCE-GO devem sujeitar-se à prestação de contas à Alego.

No artigo 6º da lei foi definido que “o TCE prestará, anualmente, contas de sua execução orçamentária, financeira e patrimonial à Assembleia Legislativa em até 60 (sessenta) dias da data de abertura da sessão do ano seguinte àquele a que se referir o exercício financeiro das contas”. 

Em caso de descumprimento das normativas previstas a ambos no texto, o Legislativo estadual poderá aplicar multa de até R$ 97.613,34. Em nota, o TCE-GO classificou a lei como uma “clara represália” e “evidente tentativa de intimidação” após a decisões da Corte em desfavor de temas apreciados pela Alego. 

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