PT de Accorsi quer vice fora da federação e que rompa ‘barreira da esquerda’ 

“Assim como o presidente Lula fez com Alckmin", revela a presidente municipal do partido, Neyde Aparecida

Postado em: 04-01-2024 às 10h30
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: PT de Accorsi quer vice fora da federação e que rompa ‘barreira da esquerda’ 
De acordo com Accorsi, o nome poderia ser um empresário de sucesso, alguém que rompa a barreira da esquerda | Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores (PT) quer um vice para a pré-candidata à prefeitura de Goiânia, deputada federal Adriana Accorsi (PT), de um partido fora da federação (PT, PCdoB e PV). “Não pensamos em ter um vice interno, da federação, vamos buscar alguém de fora”, revela a presidente municipal da legenda, Neyde Aparecida.

De acordo com ela, o nome poderia ser um empresário de sucesso, alguém que rompa a barreira da esquerda. “Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez com Geraldo Alckmin (PSB).” Ainda assim, ela reforça que os membros da federação e os partidos que fizerem parte da aliança terão influência na escolha do nome. 

Em meados de dezembro, Adriana esteve na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio) em visita ao presidente Marcelo Baiocchi. O tema “vice” esteve na pauta. O empresário, todavia, afastou qualquer possibilidade de composição.

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Ao Jornal O Hoje, Baiocchi ressaltou que Adriana é uma parlamentar com excelente relacionamento com a Fecomércio, tendo apoiado a federação em várias ações tanto no Congresso quanto na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), onde foi deputada estadual. 

“Ela nos fez uma visita na Fecomércio e revelou a disposição de ter alguém do setor produtivo como vice, na chapa de prefeita. Na nossa conversa, externei a minha admiração por ela, mas que meus projetos, no momento, estão dentro da política classista”, revelou.

Questionado se poderia indicar um nome, ele diz que não. “A indicação da Fecomércio de qualquer nome em qualquer chapa é difícil, pois não fazemos política partidária”, argumenta. “Somos uma entidade que recebe todos os políticos de qualquer partido, razão pela qual não fazemos indicação, e mantemos diálogo com todos pré-candidatos.”

Pré-candidata

Ainda em outubro, Accorsi foi oficializada como pré-candidata à prefeitura de Goiânia pelo PT. À época, o deputado estadual Mauro Rubem (PT) retirou o nome da disputa para apoiar a congressista neste ano.

Outro pré-candidato, o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, que também é suplente de deputado federal, afirmou que a caminharia com a petista. Assim, dentro do PT ela se tornou unanimidade. Mas não na federação. 

Ex-vereador, o engenheiro civil e militante do PCdoB, Fábio Tokarski, colocou o nome à disposição. Há, da mesma forma, o PV. Ao Jornal O Hoje, o presidente da legenda, Cristiano Cunha, revelou que colocaria o nome como pré-candidato à prefeitura da capital.

“Estive reunido com o Fábio, do PCdoB, e estaremos juntos. Lá na frente apoiaremos o melhor nome da federação ou até de outro partido, caso a federação assim entenda. Será uma decisão do grupo e não de um partido”, afirmou Cunha no fim do ano passado ao veículo de comunicação. Sobre Adriana, ele pontua que “dos três, acho o melhor nome, só precisa realmente unir o grupo”.

Também no fim de 2023, Adriana conversou com O Hoje e revelou que mantém diálogo com os pré-candidatos da federação. “As conversas estão indo bem. Acreditamos que tudo se resolva, com muita fraternidade. É um direito, é legítimo que todos os partidos coloquem os nomes, isso para mim é normal, faz parte da democracia e estou muito tranquila. Acredito que, em breve, vamos resolver”.

Ela reforça, porém, que se eles quiserem seguir com as candidaturas é um direito. “Aí temos que ver como se resolve sobre os regulamentos da federação”.

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