Visita de Bruno a Caiado foi cortesia e não significa definição, garante Delegado Waldir

Presidente da Assembleia esteve com o governador em São Paulo após “recuo estratégico” da pré-candidatura em Goiânia

Postado em: 22-01-2024 às 08h37
Por: Francisco Costa
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Presidente da Assembleia esteve com o governador em São Paulo após “recuo estratégico” da pré-candidatura em Goiânia | Foto: Reprodução

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), visitou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em São Paulo, na sexta-feira (19), após dizer que reviu a posição como pré-candidato ao paço de Goiânia. Enquanto aliados disseram que o recuo de Bruno foi estratégico, a viagem foi vista como um novo passo da articulação e da manutenção do nome do deputado no páreo. Vice-presidente do União Brasil, Delegado Waldir afasta especulações e garante o encontro como “cortesia”.

“A visita do Bruno é simplesmente cortesia depois da tempestade, né?”, afirmou Waldir, que também está à frente do Detran-GO. “Depois da tempestade foi lá fazer uma visita de cortesia, extremamente importante. É simplesmente isso, zero de definição [de nome da base à prefeitura de Goiânia. Em relação a isso não vai acontecer agora, vai acontecer lá na frente”, reforça o vice-presidente do partido.

No último dia 17, o cenário político goianiense foi tomado pelo comentário de que o presidente da Assembleia teria desistido de seu projeto rumo às eleições municipais de 2024. Bruno, todos sabem, busca se viabilizar como o nome da base caiadista na disputa do ano que vem, mas em entrevista à imprensa local disse que resolveu “adiar o sonho”. 

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Na contramão disso, interlocutores do presidente da Alego disseram, em off, que tal recuo foi “estratégico”. A iniciativa busca, segundo as fontes consultadas, ‘baixar a poeira’ em meio à base do governador. Como já mostrado pelo O Hoje, as costuras de Peixoto foram interpretadas por algumas figuras do alto escalão governista como uma espécie de ‘atropelo’ às articulações de Caiado. 

Também não foi bem recebida no meio caiadista os convites a Bruno por outros partidos para disputar a eleição, como o PRD, do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo; o PP, do presidente da Agehab, Alexandre Baldy; e o Avante, do vereador Thialu Guiotti. Para o Delegado Waldir, “não podemos que aliado do atual prefeito [de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos], que fazem parte da base dele, queiram decidir pelo União Brasil e demais partidos da base”.

Ainda de acordo com o vice-presidente da legenda de Bruno, é o governador Ronaldo Caiado que irá comandar a articulação pela definição do nome em Goiânia. “Junto com os presidentes dos partidos da nossa base. Não tem nenhuma conversa individualizada. Temos que esperador o governador.” O Chefe do Executivo estadual preside o União Brasil em Goiás. 

Em paralelo 

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, também busca essa condição. “Todo mundo quer ter a mão do governador abençoando. Eu também quero. Lá atrás, apoiei o governador [em seu projeto de reeleição], fui contra o meu próprio partido. Com o nosso apoio, o governador venceu em primeiro turno”, declarou em entrevista ao Jornal O Hoje no fim do ano passado.

E continuou: “Ele me disse que se eu me viabilizasse, o que entendo perfeitamente, caminharemos juntos. Então vamos fazer uma análise, vamos fazer estudos. Posso estar com a máquina na mão, mas se não tiver viabilidade para isso, vou fazer campanha para que? Para me desgastar? Se não tiver viabilidade vou ‘tirar o pé’. Mas se tiver, vamos em frente. O governador tem, hoje, mais de 80% de aprovação. Ele vai colocar a mão em qualquer um? Não vai. Ele está corretíssimo”.

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